A Gente VimosCinema

A gente vimos: PIXELS!

Recebemos a cabine desse filme, mas ninguém do MdM quis ver… Mas eis que nosso chégas e editor Carlos Vivacqua, do Cidade Gamer, viu e se ofereceu pra escrever uma crítica.

Fiquem aí com o review do cara:

Poucas são as vezes que somos tão bem tratados em uma cabine de imprensa, não entenda mal, as outras cabines não são nada ruins, mas este foi um evento!

Entendam sócios da locadora do Ultra, fomos convidados para o JK Iguatemi, não dá pra chegar de metrô ou ônibus e o ingresso custa R$60 (cerca de 12 passeios com a senhora sua mãe). E ainda era IMAX, então se o próximo filme do Adam Sandler fosse ruim, ia ser epicamente ruim.

Vou ativar a carta do Catena nesta resenha e usar a suspensão de descrença, sabendo disso, pensem em PIXELS como uma sessão da tarde para os velhacos da década de 70/80 que precisam matar uma saudade que eles não sabem colocar em palavras.

A velha sensação de estar no conforto do seu lar comendo seu lanche favorito e vendo algo que você gosta muito foi jogada em cima de nós na sequência de abertura, mostrando o adolescente Adam Sandler (como eles sempre conseguem achar atores jovens com a cara feia dele?), o pequeno fliperameiro, sim inventei isso agora, e seu amigo Chewie vão para a abertura de um fliperama e lá o protagonista descobre que ele é bom em padrões e se torna um rei dos arcades.

Agora vem o mais surpreendente de tudo, a narrativa está totalmente bem amarrada, e quase todos os personagens são apresentados nesse começo, Brenner (Adam Sandler) e Cooper (Kevin James) encontram em um capmeonato um leitor do MDM freak gamer criado pela vó e garoto super gênio, o Ludlow (Josh Gad) e ficam amigos, com mais alguns desenrolares da trama, um campeonato acontece onde ele enfrenta Eddie o Fire Blaster (Peter Dinklage Lannister).

Pulando para um futuro bem distante, temos Cooper como o Presidente bobalhão dos EUA e Brenner como um técnico de instalação para os virgens que nem instalar os vídeogames sabem. Ambos ainda são amigos, e com o desenrolar da trama algo SURREENDENTE ACONTECE!

Todo o campeonato mencionado acima é gravado e os vídeos do mesmo são enviados para o espaço pela NASA… e não é que os filhos da puta dos alienígenas não entenderam porra nenhuma e acharam que aquilo fosse um desafio nosso enviado para eles? Então eles, anos depois, atacam a terra usando os PIXELS que aprenderam nas fitas de vídeo.

É isso leitor, a justificativa mais sessão da TardepPossível: o inimigo está nos atacando com fliperamas antigos, e só Adam Sandler pode nos salvar! Mas aí o filme vai pro buraco, essa merda vai feder, que bosta cara, quem é esse VIVACA que tá escrevendo no MDM? E como assim a minha mãe só cobra R$5 por programa?

Calma calma, sua piranha!

Aqui temos algo que Sandler não tinha a muito tempo: uma paixão, roteiro redondo e orçamento… sim, não estamos falando de maquiar ele de mulher pra dar para o Al Pacino, estamos falando de computação gráfica avançada e destrutiva, sequências de ação longas e bem escritas.

Claro que os militares vão tomar conta da parada, mas falham fortemente e sobra para os nerds entrarem e salvarem o dia com sua força tarefa, os Arcaders, com direito a música orquestrada, sequências de ação com perseguições e tensão e piadas para quebrar o momento sem mexer no ritmo. Mas ouso dizer, a primeira sequência de ação é bem empolgante e te prepara para o ritmo do filme.

Como você já deve ter visto nos trailers, cartazes, displays, dentre outros, o Pac-Man tem muito destaque no filme e a sequência de ação e perseguição dele dura cerca de uns 15 minutos e são minutos de te prender na cadeira (lembre-se a suspensão de descrença foi ativada no começo deste texto).

Isso se mantém até o final, com piadas bem encaixadas e ninguém se sentindo deslocado… sim, o Tyrion Lannister anão fodão está bem caracterizado como alguém que parou no tempo e usa mulets e é malandão (não do nível Dr. Bernardo), mas confesso que no final fiquei triste com a falta da participação especial do Rob Schneider, mas eu relevo.

Então se você está chegando nos 30, está lá faz tempo, ou já está a beira da morte com 40, esse filme é pra você… claro se você jogou algum jogo de velho ou se identificou com qualquer coisa que falamos no Podcast 323, corra atrás e veja se a sua operadora paga meia, seu banco dá desconto, ou entra pelos fundos do cinema e assista.

Nota: 8.0 (Com suspensão de descrença)
Nota: 6.0 (Com modo Hell ligado, Eu não gosto, eu não gosto).

PS do Change:

Acho que o Vivacqua só se esqueceu de uma coisa: esse filme é todo chupado de uma história de cinco minutos do FUTURAMA:

Rá!

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