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Homem-Aranha, Fera e o Bebê-Aranha!

Retomando a nossa iniciativa de falar sobre alguns quadrinhos antigos, relembro aqui uma história que aconteceu um pouco antes de tioda aquela fase horrorosa dos anos 90 acontecer (pais do Peter Parker voltando, Ben Reily, tia May morta e substituída por uma atriz e por aí vai.

Na história desenhada e escrita pelo Erik Larsen, publicada aqui em Homem-Aranha 147, Peter e Mary Jane têm uma discussão importante.

Se você não é um moleque criado a leite com pêra e ovomaltino e tem uma namorada que não seja a sua mão direita, você provavelmente já passou pela difícil papo de ter ou não ter filhos. É uma conversa difícil, pois como dizia o Bob, personagem do Bill Murray no filme Encontros e Desencontros, depois que você tem filhos, a vida como você conhecia acaba e é substituída por algo completamente diferente.

O que acontecerá com a carreira de modelo da Mary Jane?
Será que Peter e Mary Jane ainda são muito jovens?

E o principal: como será o filho deles? Será um humano normal? Um mutante? Ora, o DNA do Peter foi alterado quando ele foi picado por uma aranha radioativa… E isso poderia até matar a Mary Jane!

E aí É que Peter vê que o Fera, dos X-Men, está dando uma palestra sobre genética em sua antiga faculdade. Obóviamente a palestra é atacada e, depois de um rápido quebra pau entre o Fera, Aranha e alguns vilões, os dois finalmente têm uma chance de conversar sobre o assunto.

Em um papo bem franco – e até desanimador – o Fera fala dos riscos para o Aranha: 85% de chances de complicações: o filho pode ser mutante, deficiente, deformado ou até pode matar a Mary Jane na gestação. Fora os cuidados especiais que ela exigirá caso seja mutante, como tratamentos especiais, grana para lidar com tudo isso e o preconceito por ter uma criança diferente das outras.

Outro problema surge – uma criatura amarela que aparece destruindo tudoo que vê pela frente. A criatura é muito forte e mesmo o Fera e o Homem-Aranha juntos não conseguem deter o monstro.

A briga acaba indo parar nos esgotos e o Fera é nocauteado. O Aranha fica sozinho para cuidar da criatura e ela acaba estrangulando Peter e quase matando o coitado.

Quando Peter está quase morrendo, Peter tem uma série de questionamentos sobre sua vida e se é assim que ele quer ter um filho.

Foi essa a vida que eu escolhi pra mim?

Pra minha esposa?

Pra quaisquer filhos que a gente tenha?

Quando o Aranha quase está morrendo, eis a revelação final: o monstro, na verdade, era um menininho mutante e seus pais chegam bem na hora. O Fera consegue convencer os pais do menino a levá-lo para uma instituição que consiga lidar com os poderes do menino e finalmente conclui o papo que ele havia iniciado com o Aranha páginas atrás:

Ah, sim… Esse é o lado bom de ser pai, que eu esqueci de mencionar, Aranha. Você vai amar o seu filho de qualquer jeito! Mutante ou não…

Ao final, Peter e Mary Jane decidem esperar mais um pouco. O que não é errado nem certo. Eles apenas decidiram esprar mais um tempo para assumir uma responsabilidade desse tamanho – principalmente com Peter ainda se balançando por aí como Homem-Aranha.

Algum tempo depois dessa história, quando o Aranha não estava mais nas mãos do Erik Larsen, Peter e Mary Jane realmente tiveram uma filha, que foi raptada pelo Norman Osborn e depois nunca mais ninguém falou dela. Porra!

Enfim, bons tempos onde os heróis da Marvel interagiam mais, independente das tretas dos grandes estúdios, e de histórias que se resolviam em uma edição. Apesar do Erik Larsen estar no início de carreira como roteirista, emalgumas hsitórias, como essa, ele consegue mandar muito bem.

Enfim, enquanto o próximo post sobre quadrinhos antigos não vem, veja aqui a incrível história do Nãomeesqueça, do Hércules provando pro Namor que é seu melhor amigo ao dar uma voadora no peito dele e de como o Hulk amarrou o Capitão América em um poste, UIA HUIH AUI UIAH!

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