Quadrinhos
Capitão Presença
O Capitão Presença é o primeiro super-herói a combater a lei. Mais especificamente, a lei número 6.368, de 21 de outubro de 1976. Aquela que trata de entorpecentes, como a maconha. “Presença” significa estar sempre com um baseado. O personagem surgiu em 2003, na internet, inspirado em um amigo de seu criador, o jornalista Arnaldo Branco, Matias Maxx, que teria habilidades idênticas às do personagem.
Então clique aí embaixo, mas mantenha o respeito.
O livro têm histórias que apresentam o universo de “Preza”, com personagens como Super-Aba, o ajudante-mirim; Malhado, seu supercão; e Mané Bandeira, o “bad karma” do herói. Além disso, também conta com histórias desenhadas por lendas como Laerte e Daniel Azulay (aliás, o Change Blog é uma espécie de “O que aconteceria se” do Daniel Azulay).
Apesar do salgado preço de R$ 25, o álbum rende momentos impagáveis. Seja na sátira à série Lost ou nas paródias com outros super-heróis conhecidos. Branco não se propõe a defender a legalização da maconha (o que tornaria a história panfletária). O objetivo é fazer o leitor rir. E qualquer um que já teve um amigo maconheiro ou ouviu histórias a respeito não pode deixar de rir.
O traço de Arnaldo Branco falha em alguns momentos. Falta uma boa arte-final e a edição – e o preço – justificariam páginas coloridas. Apesar da boa qualidade de seus roteiros, os desenhos chamam mais atenção quando são seus colaboradores. Nada demais, afinal os parceiros também são lendas.
Como ponto forte ficam os momentos em que o personagem explora as ambigüidades de uma sociedade que proíbe uma droga e permite outras tão ou mais agressivas como o álcool e a nicotina. Conforme escrito acima, a intenção não é defender uma legalização, mas rir. E isso “Preza” e sua turma fazem.
Nota: 8,0
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Blogman é contra a legalização da nicotina