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Teia do Aranha:a nova vida de Peter Parker


Olá, meu povo! Essa é a estréia da Teia do Aranha, a coluna do Spiderblog, onde vocês terão que me aturar falando sobre o que me der na telha!! Pra começar, vamos dar uma analisada no que o Straczblergh fez com nosso Amigão da Vizinhança desde que ele tomou frente à revista do Aracnídeo? Vamulá:

Foi em julho de 2002, na edição número 7 da revista Homem-Aranha, da Panini (clique aqui para ver a capa, seu nerd curioso!). Finalmente os fãs do Aranha se livravam de uma péssima fase escrita por Howard Mackie. E uma esperança nos aguardava: o início da elogiada fase com roteiros de J. Michael Straczynski dando um novo rumo na vida de Peter Parker. Inclusive, esse primeiro arco de JMS à frente da revista do Aracnídeo foi o grande vencedor do prêmio Eisner na categoria Melhor História Serializada. Era ou não pra criarmos excelentes expectativas?

E realmente ninguém ficou decepcionado. Straczynski começou com o pé direito dando uma reviravolta na vida de Peter Parker, introduzindo novos elementos na mitologia do herói e criando histórias como há tempos não víamos. Pra começar, Peter deixou de ser fotógrafo do Clarim Diário e começou uma nova vida como professor. Foi uma grande sacada do Straza fazer com que Peter voltasse à sua antiga escola, onde anos atrás tudo começou. Onde ele era apenas um nerd cdf que vivia apanhando de caras como Flash Thompson. E agora ele havia voltado, experiente, como professor de Ciências, dando a oportunidade de serem criadas situações excelentes com essa nova fase de sua vida.

Paralelo a isso, Straczynksi nos traz um novo e intrigante personagem: Ezekiel, um cara que aparenta ter os mesmos poderes de Parker e que se torna uma espécie de mestre para ele. E não é só: uma galeria de novos vilões, todos com alguma ligação mística envolvendo nosso Amigão da Vizinhança. O primeiro (e o melhor) deles já deu as caras logo na primeira edição escrita por JMS: Morlun. Em Homem-Aranha #9, da Panini (na original Amazing Spider-Man #33), temos, na minha opinião, a melhor batalha de toda a fase Straczynski até hoje. Morlun e Aranha têm um confronto sensacional. Essa foi uma das melhores edições até hoje da fase JMS.

E o Straza continuou mandando bem. Logo depois Tia May descobriu a verdadeira identidade do Homem-Aranha e, em outra edição já considerada clássica (Homem-Aranha #13, da Panini), ocorre a sensacional e aguardada conversa entre Peter e sua tia, onde todos os segredos do passado são passados a limpo. Essa revista eu guardo comigo a sete chaves pois a considero um clássico. Não tem nenhuma cena de ação, não tem vilão e Peter Parker só aparece com sua fantasia heróica na última página. Mas mesmo assim (e talvez por isso) essa seja uma das melhores histórias do Aranha dos últimos tempos com uma conversa emocionante e reveladora de uma tia com o seu sobrinho. Sensacional.

E, assim, a fase do Straczynski continuou seguindo bem. Ele promoveu a aguardada reconciliação de Peter com Mary Jane, depois de separados por Howard Mackie, o roteirista anterior. Assim o casal voltou a ter um clima legal como se fossem namorados novamente.
O humor inteligente e sarcástico continuou sendo o ponto alto ao lado de mais novos vilões e grandes desafios, como foi com Shathra, a Vespa-Caçadora. São mais batalhas sensacionais e a participação enigmática de Ezekiel.

E assim o tempo foi passando e, agora, quase três anos depois, essa primeira grande fase do Straczynski à frente do Aracnídeo chega ao fim com a conclusão da saga “O Livro de Ezekiel”. Infelizmente, parece que ele foi perdendo um pouco a qualidade com o decorrer do tempo e o fim dessa enorme saga tem um final um tanto quando decepcionante, mas não chega a ser ruim. Apenas parece que ficou faltando uma batalha espetacular semelhante àquela que eu falei lá inicialmente contra Morlun. Assim também termina a chamada “fase mística” do Aranha, na qual o Straza inseriu novos elementos à origem do nosso herói. Mesmo criticada por muitos, continuo acreditando que essa primeira fase do roteirista foi muito boa. Claro que ao longo desse tempo todo pequenas falhas ocorreram e o final foi um pouco brochante, concordo. Mas analisando de modo geral, tivemos ao longo desses quase três anos mudanças significativas na vida de Peter Parker em histórias inteligentes, engraçadas e comoventes, que sempre focaram principalmente o lado humano de Peter Parker, seu lado mais frágil. Ou você preferia o Howard Mackie? O Straza é melhor, isso não tem o que discutir!
E agora vem a bomba: a partir do mês que vem, em Homem-Aranha #41, começa uma nova fase na vida do Aracnídeo, também escrita por Straczynski, que de herói se tornou um vilão, por mexer no passado de uma querida personagem, Gwen Stacy, o primeiro grande amor de Peter Parker. Mas, apesar de tudo que já falamos dessa saga, vamos aguardar pra conferir de perto o que o Straza andou aprontando com o Amigão da Vizinhança. O histórico dele até aqui teve um saldo positivo e torcemos pra que continue assim!

Nerd Reverso

O que esse cara ainda tá fazendo aí? VAI EMBORA DO AMÉRICA!

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