SEGURA A PERIQUITA QUE EU NÃO TÔ FALANDO MAL, CARALHO. Vamos apensar ser jornalistas e divulgar essas informações que o Hollywood Reporter apurou.
Apenas para dar um contexto, lembremos que David Ayer, um diretor de filmes pesados, foi contratado para dirigir um filme de vilões após Man of Steel, seguindo a cartilha da Warner para seu universo cinematográfico. As coisas pareciam ir para esse caminho, com propaganda sóbria e séria. Até BvS chegar.
A resposta do público para BvS mudou a Warner. Quer dizer, é só ver essas imagens:
Depois:
CORES. E não caiam no papo do Snyder que isso foi planejado. A Warner jogou tudo pro alto e correu para tentar seguir uma nova visão pro universo DC, e Esquadrão Suicida estava no meio desse bolo. Tanto que, no fim do março, comunicamos que o filme estaria sofrendo refilmagens para supostamente ficar mais leve.
Até minha crítica amanhã, não sei exatamente o papel das refilmagens no resultado finais, mas o Hollywood Reporter pegou algumas informações. Considerando que a Warner não tem um megasucesso de LUCRO desde Sniper Americano (DEZEMBRO DE 2014), figurões da empresa estavam bastante nervosos com Esquadrão. Nervosos o bastante para fazer uma zona nos bastidores.
Em uma entrevista ao THR, o diretor David Ayer e o presidente de produção da Warner, Greg Silverman, disseram isso sobre gravar o filme:
Foi uma experiência incrível. Nós fizemos um monte de experimentos e colaborações durante o processo. Nós dois estamos muito orgulhosos do resultado. Esse é um filme de David Ayer, e a Warner está orgulhosa de apresentar.
“Colaborações e experimentos”.
Tais colaborações e experimentos pareciam necessários para um filme que foi anunciado em Outubro de 2014 para sair em Agosto desse ano, um tempo que muitos internamente diziam que era bem curto. Ayer escreveu o script em seis semanas apenas, disseram fontes. Só lembrando, BvS foi anunciado em dois mil e treze, com quase três anos de (conturbada) produção. Outra fonte do THR alegou que era impossível mudar a data de lançamento de Esquadrão Suicida, visto que ele já está na beirada do verão americano e iria atrapalhar todos os contratos de publicidade.
Somado a isso, Ayer nunca fez um filme desse tamanho (embora, devemos lembrar, quase nenhum diretor da Marvel fez). Os executivos da Warner estavam alegadamente nervosos desde o início, quase explodindo depois das respostas à Batman v Superman. Logo, eles começaram a trabalhar numa versão do filme diferente do que Ayer estava propondo, com a ajuda da empresa Trailer Park, que tinha feito o teaser do filme.
Nesse momento, vários editores foram trazidos para o projeto, e a versão de Ayer foi mostrada para uma audiência-teste junto com a versão mais light dos editores, supostamente com aprovação do diretor. E a versão da Warner ganhou, com mais personagens sendo introduzidos antes e um clima mais explosivo. E muitos milhões de dólares foram gastos nesse processo.
Aí… bem. Pânico. Egocentrismo. Ayer incomodado, trocando de agência por um tempo antes de voltar. Pressão. Exaustão. Bright, o próximo de filme de Ayer, parou no Netflix ao invés da Warner. Caos, na minha sincera opinião, e um caos que temo estar se alastrando para Mulher-Maravilha e Liga da Justiça. Os planos da Warner incluem 800 milhões de dólares para Esquadrão Suicida se pagar.
Agora vamos lá. Devemos lembrar que todo projeto grande sofre muita influência dos executivos, e alguns casos extremos (como Homem-Formiga) acabam saindo direitinhos. Outros casos, como Quarteto Fantástico, saem uma merda. Não tem como saber exatamente como Esquadrão Suicida vai se portar até ele sair, mas as críticas iniciais não parecem agradáveis.
De qualquer jeito, mesmo esse post apenas explicando o que vem acontecido e sem tentar diminuir ou estragar o filme tão importante para vocês, sintam-se à vontade de fazer um abaixo-assinado contra o MdM também.