Lá por 2020 eu tinha visto um projeto no Kickstarter chamado Trophy: um jogo novo do nintendo 8 bits, feito pela empresa Gradual Games, que buscava ser uma grande homenagem aos jogos do Megaman (onde já vimos isso antes? Ah sim, com o Might N. 9, que o Lojinha apoiou o projeto e ficou anos sem ver o jogo).
A diferença de Trophy pro Might N. 9 é que o jogo seria desenvolvido só pra o Nintendo 8 bits – você apoiaria o Kickstarter e comprava o cartucho e a ROM.
O NES é meu video game favorito. Foi o console que eu cresci e que jogo até hoje. Continuo indo nos camelôs até hoje comprando fitas pra colocar na minha coleção… Além, é claro do fato de eu adorar o Mega Man.
Na história, um cientista chamado Lord Q dominou o planeta Geraus 9 com suas máquinas. Agora cabe ao Dr Sword, que fundiu seu DNA com o DNA Robótico (haueahueahueahuea) de sua criação Beeper e virou o herói Trophy, salvar o mundo.
Enfim, assim como em Megaman, você começa com uma tela de seleção de fases. São oito disponíveis e podem ser jogadas em qualquer ordem.
Sobre a jogabilidade, quem já jogou Megaman no Nintendinho já sabe o que esperar: Seu personagem anda, pula e solta projéteis, que podem ganhar um upgrade à medida que você pega alguns ítems. Os controles são precisos, como nos jogos do Megaman e, quando você toma uma porrada, você voa pra trás – o que pode ser muito perigoso quando o inimigo está bem perto de uma plataforma em cima de um fundo sem fim.
Ou seja: você não pode sair correndo e atirando em todo mundo. Trophy, assim como em Megaman, deve ser jogado com calma, calculando os passos com cuidado pra não tomaer uma porrada e cair no abismo ou encostar em um espinho com morte automática.
Porém, as semelhanças de Trophy com Megaman páram por aí.
Quando a gente lê que Trophy é uma homenagem ao jogo do mascote azul da Capcom, você já imagina que você terá as armas diferentes, as lógicas dos chefes, o cachorro, os energy tanks, o tiro carregado, a rasteira, etc.
Não tem.
Trophy está mais pro Megaman 1 que pro Megaman 6.
É como se Trophy fosse uma versão mais diluída do primeiro Megaman.
As fases são menores (e menos inspiradas), há menos inimigos por tela, não tem os tiros especiais e a dificuldade é bem reduzida em comparação aos jogos do Megaman. Então é bom alinhar as suas expectativas de que a galera da Gradual Games não é a Capcom.
Mas ainda assim, a jogabilidade e os controles são afiadíssimos. Ainda dá pra se divertir muito com o Trophy, principalmente levando em conta que dá pra zerar em uma sentada e não há qualquer tipo daquelas mortes safadas – se você morrer, é por sua culpa mesmo.
Jogadores mais experientes vão passar fácil na primeira tentativa. Pra galera não iniciada no Megaman, vão penar um pouco.
O Kickstarter de Trophy foi completado dentro do proposto, com atualizações regulares e a fita chegou aqui em casa direitinho. Ponto pra Gradual Games.
Sobre o jogo em si: os gráficos são bonitos, as músicas são ótimas, mas o sentimento final é como se fosse uma versão simplificada do Megaman 1.
Ah sim, pra jogar, só pegando a ROM agora porque o Kickstarter já acabou.
E vamos para as notas, ao estilo revista velha de videogames, huaeahueahueahueahuea!
