A Gente Vimos: Agentes do ESCUDO
Não sei vocês sabem, mas Agents of SHIELD, a nova série de TV da Marvel, acabou de estrear lá na gringa e também no Reversoflix (o serviço de assinatura de séries que vai salvar a TV a cabo), do qual sou assinante. Portanto, vamos falar sobre o piloto dessa bodega.
Escrito e dirigido por Joss Whedon, já no início o visual do piloto impressiona. A imagem está mais próxima dos filmes do universo Marvel dos cinemas que de séries de ficção estilo Syfy, ainda bem!
Logo de cara a apresentação nos mostra alguns flashes de cenas do filme dos Vingadores pra não deixar dúvida nenhuma para o público civil de que a série é uma continuação do filme massavéio que eles viram no cinema.
Vemos a participação rápida da Maria Hill (a bela Cobie Smulders, que continua tão desperdiçada aqui quanto foi no cinema) e a apresentação de um dos agentes, que fala da morte do Phil Coulson (Clark Gregg), quando o próprio falecido aparece e explica por que diabos ele não está morto.
Essa parte tem a primeira sacadinha esperta dos roteiristas da série. Eles deram uma explicação já meio que esperada para a volta do Coulson pra não perder muito tempo do piloto com isso, mas em um momento mais adiante eles deixam claro que tem caroço nesse angu e isso deve ser uma das subtramas do seriado.
O cara que todos pensavam ser o Luke Cage ou o Rage não é chamado por nenhum desses nomes, só “Mike”. E a origem dos poderes dele é bem amarrada com o universo Marvel do cinema.
Aliás, fica bem claro em Agents of SHIELD que esse é o mundo pós-invasão alienígena, em que um cara de armadura cibernética que voa e solta raios é algo quase sem importância perto de uma raça de invasores extraterrestres, deuses asgardianos e um Hulk. É aqui que nós vemos a consequência para as pessoas comuns de toda a quizumba que Loki e os Vingadores trouxeram ao mundo.
Essa turminha muito louca vai aprontar altas confusõesPra quem já conhece outros trabalhos do Joss Whedon na TV, Agentes do Escudo tem os mesmos diálogos ágeis com respostas inesperadas e com aquele toque de autoironia pop que faz a série não se levar muito a sério em alguns momentos. Não é o meu estilo, mas também não incomoda tanto.
Já para os fãs do universo Marvel dos gibis, os roteiristas colocaram alguns easter eggs supimpas nos diálogos (não vi nada em termos de imagem; se alguém viu diz aí nos comentários), remetendo a nomes de revistas, arcos de histórias e elementos do passado da editora, sem comprometer o entendimento do episódio.
De forma geral, a química entre os membros a turminha do Coulson é apenas meia-boca por enquanto, com todos os personagens sendo mostrados de forma bem superficial, mas parece que a produção vai tentar se garantir na simpatia que o protagonista tem junto ao público.
O ótimo Clark Gregg corresponde à expectativa dos produtores e leva o episódio nas costas sozinho, sendo o único que realmente parece à vontade com a ambientação da série.
Pelo lado técnico, apesar da boa qualidade da imagem, alguns dos efeitos especiais ficaram meio toscos, principalmente nas cenas de ação em ambientes mais claros e abertos. Isso é algo que sem dúvida precisa melhorar.
Pra uma série que tem produção executiva do Jeph Loeb, até que o resultado ficou acima do esperado. Esse piloto fez a ligação com o filme dos Vongadires, ao mesmo tempo em que pegou carona no sucesso do blockbuster e na vontade do público de rever o Coulson. Agora a tendência é ter menos referências aos filmes passados e centrar mais no próprio universo. O desafio será fazer isso sem perder o interesse do público.
Como outras séries de temática similar (Smallville, Heroes), começo a ver Agentes do Escudo com a esperança de que se concretize o potencial de ser um entretenimento bacana. Não deu tão certo das outras vezes, mas sou um verme e vou continuar assistindo pra ver no que vai dar.
Nota: 7,5
Fiquem aí com um trailer da série: