Hoje é o dia do cinema nacional, e a melhor forma de comemorar é assistindo um filme nacional! Apesar de ser respeitado lá fora, por aqui ainda há certo preconceito com o cinema nacional – e eu até não culpo o pessoal que torce o nariz para produções brasileiras; afinal, os filmes que mais possuem divulgação normalmente são aqueles que realmente não fazem muito pela qualidade e credibilidade do cinema brasileiro.
Mas o fato é que existe MUITA coisa fantástica no cinema nacional, não só na forma de longas metragens, mas também de curtas-metragem de ficção, muitos disponíveis no Youtube. Separei 3 que já conheço há um tempo e que, na minha opinião são indispensáveis:
Barbosa (1988)
Direção: Ana Luiza Azevedo / Jorge Furtado
Roteiro: Ana Luiza Azevedo / Giba Assis Brasil / Jorge Furtado
Elenco: Antônio Fagundes / Pedro Santos / Victor Castel
Um verdadeiro clássico sci-fi brasileiro que merece ser visto por quem ainda não conhece. Aqui, Antônio Fagundes é um homem atormentado pela derrota da Seleção Brasileira de Futebol diante do Uruguai, na decisão da Copa do Mundo de Futebol de 1950, e que consegue voltar no tempo para tentar evitar o segundo gol uruguaio. O desfecho faz jus às clássicas histórias de viagem no tempo.
Trancado por Dentro (1986)
Direção: Arthur Fontes
Roteiro Original: Bruce Jones
Roteiro Adaptado: Mauricio Zacharias
Elenco: Paulo Gracindo, Marcos Palmeira, Fernanda Montenegro, Luciana Vendrami
Curta que eu citei essa semana lá na minha coluna no site da Dínamo, e que vale a pena colocar aqui. Baseado em “Shut-In”, uma HQ curta escrita por Bruce Jones e desenhada pelo Liberatore, que foi publicada nos anos 80 lá nos EUA, Trancado por dentro conta a história um homem tetraplégico vivendo entre a realidade e a imaginação, revelando suas angústias e trancado em seu próprio universo. Para quem curte histórias do tipo “além da imaginação” e “Contos da Cripta”, vale muito a pena.
Vida Maria (2006)
Animação
Diretor: Márcio Ramos
Provavelmente o mais “não nerd” dos 3 (em termos de temática), mas é um curta que gosto muito. Maria José, uma menina de 5 anos de idade, é levada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece…Numa ciclo que talvez nunca vá terminar. Um curta triste, mas lindamente escrito e animado.
É isso aí, parabéns para o cinema nacional. Não julguem pelas comédias imbecis que, por ter muito mais grana disponível pra publicidade, são as que se destacam em termos de divulgação. Tem muita coisa fantástica feita no Brasil, independente da época.
Se tiverem mais sugestões de curtas nacionais maneiros, postem nos comentários!