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Os Desafios de Shazam # 2
Você só precisa saber de uma coisa: não compre isso!
O fato do pífio Judd Winick, nos roteiros, e do insípido Howard Porter, responsável pela arte, serem os artistas desta revista é um aviso de que nem mesmo um capítulo de Duas Caras pode ser tão ruim. Ao menos a produção de Aguinaldo Silva acabará um dia e você não terá que lembrar dela.
A segunda parte da saga Trials of Shazam faz parte de uma reformulação da pior espécie, comparável àquela que tornou o Justiceiro um ser sobrenatural com poderes oníricos (se você não sabe do que estou falando, é alguém muito sortudo). Para começar: Shazam? Mó-rreu. Em seu lugar? O Capitão Marvel. E no lugar do fraldinha? Freddy Freeman, o Capitão Marvel Jr.
Até aí, nada demais. Sou sempre favorável a traições que resguardem o futuro de personagens e franquias. O problema é que Winick entra em terreno perigoso mexendo nos conceitos mais básicos da Família Marvel, tornando a mitologia Shazam uma espécie de Capitão Harry Potter, com direito a Freddy Freeman aprendendo a conjurar magias. Ele não trai simplesmente a tradição, mas a própria identidade da Família Marvel.
Fora isso, temos os clichês dignos de Jeph Loeb, com frases de efeito e situações mal exploradas e/ou mal resolvidas. Até mesmo o Capitão Marvel Jr. banca o Rambo e aparece com uma metralhadora em uma situação que lembra os piores aspectos de Comando para Matar. A diferença entre Loeb e Winick é simplesmente que o primeiro sabe como conduzir um roteiro de forma mecânica enquanto que o escritor disso que chamam de saga, não.
Porter usa uma arte que soaria até interessante se não fosse sua mais absoluta inexpressividade, falta de movimento e, principalmente, designs óbvios e soluções simplistas. É o desenhista-clichê. Perfeito para trabalhar com Winick. E péssimo para publicar qualquer coisa.
Nota: 0
Bugman não compra mais isso