O teste de Bechdel
Outro dia estava almoçando com alguns amigos e falei do Teste de Bechdel… E, pra minha surpresa, muitos não conheciam. Então resolvi fazer um post aqui no MdM explicando um pouco mais sobre esse teste.
O teste de Bechdel foi nomeado em homenagem à cartunista Alison Bechdel, que lá em 1985 publicou a seguinte tira:
Na tira, duas mulheres conversam sobre a pouca presença de mulheres nos filmes de Hollywood. Então, o teste de Bechdel consiste em três perguntas muito simples para medir a relevância de uma personagem feminina dentro de um plot dos filmes de Hollywood para medir a presença de mulheres na história.
Para passar no teste que mostra se as mulheres têm presença mínima em um filme de Hollywood, a película deve passar por esses três critérios básicos:
1) Um filme deve ter duas ou mais mulheres nele, mulheres essas que têm que ter nomes.
2) Essas mulheres têm que conversar uma com a outra.
3) E conversar coisas que não sejam homens ou seu interesse romântico.
Simples, né?
Tipo, isso seria o mínimo possível, o nível mínimo de aceitação de presença feminina em um filme de Hollywood, certo? Quer dizer, é uma ideia tão simples que foi criada em uma tira de quadrinhos.
E será que realmente temos filmes que não passam nesses simples e básicos critérios?
Vamos ver alguns exemplos dos que não passaram:
Olha, o objetivo desse post não é ficar dando moral em ninguém, nem nada disso, até pq sei que o MdM não tem essa moral. Tive uma conversa com uns amigos e vi que muitos deles não sabiam dessa regra e decidi postar aqui.
Tudo bem que há realmente um monte de filmes que isso é bem difícil – e que o cenário realmente envolve poucas mulheres, como aquele filme de beisebol com o Brad Pitt, o filme do Náufrago, etc… Mas toda vez que paro pra pensar no quão essas regras são simples e na quantidade de filmes que não as seguem, mesmo os filmes onde a protagonista é mulher E está no cartaz promocional, fico bem assustado.