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O que aconteceria se: Star Trek nunca tivesse ido pra TV?

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A Internet, a fronteira final, essas são as viagens da site nerd MdM em sua missão de 12 anos para a exploração do cu da sua mãe…

Aproveitando que o podcast pulou (e talvez só volte quando o Change voltar), tiro do limbo da minha caixa de e-mail um daqueles posts malucos envolvendo cagação de regra, nostalgia e conhecimento inútil!

O Elenco MdM aparece com uma nova proposta… Vira e mexe vemos séries de TV migrando pro cinema, seja com a patota original (como Star Trek) ou de roupagem nova (Como Esquadrão Classe A, Miami Vice, e Star Trek de novo…), mas vocês já imaginaram o que poderia ter acontecido se a história tivesse sido um pouco diferente?

Se Gene Rodenberry em 1964, ao invés de apresentar sua proposta de ficção científica pra TV, que levou à filmagem do piloto “The Cage” (que acabou recusado e refilmado com personagens e atores novos até ser aceito pela NBC) que resultou na série Jornada nas Estrelas em 1966, tivesse levado o projeto DIRETO PRO CINEMA, e hipoteticamente o estúdio tivesse comprado a ideia de levar as aventuras de James T. Kirk, Spock, McCoy e CIA diretamente pros cinemas, como seria esse filme?

Em 1966 o gênero de ficção científica já estava estabelecido e gerava filmes de grande sucesso, como Viagem Fantástica (que ganhou um remake nos anos 80 chamado viagem Insólita) que mostrava uma equipe de cientistas miniaturizados numa nave zanzando por dentro de um corpo humano… Então obviamente que um projeto do nível de Star Trek seria tratado do mesmo jeito, com um orçamento polpudo, efeitos visuais de ponta (pra época) e também com atores devidamente reconhecidos para interpretar os papéis principais.

Vamos então à proposta MdMzística pro elenco da bagaça:

Uhura: Estamos falando dos EUA de 1966, onde atores negros (ainda mais mulheres) tinha pouca representatividade, dentre as poucas mulheres negras que conseguiam destaque tínhamos Diahann Carrollm uma das mais aclamadas atrizes de teatro e TV da época, em 1966 ela tinha 31 anos, e já tinha sido indicada ao Emmy, seria uma grande escolha pra um papel que quebrou barreiras na época… Uhura foi a protagonista do primeiro beijo inter-racial da TV americana.

Sulu: Em uma época em que atores orientais eram muito raros nos EUA, e muitas vezes interpretados por atores de outra etnia maquiados pra parecerem orientais (como Joseph Wiseman em 007 Contra o Satânico Dr. No) um ator despontava na TV americana e já sinalizava que queria ir pro cinema, era Bruce Lee. Apesar de ser de ascendência chinesa ele estava interpretando um japonês no seriado do Besouro Verde em 1966, e com 26 anos, poderia dar um upgrade nas cenas de ação do filme, já que o Sulu da série de TV sempre foi mostrado como um cara atlético e que manjava das lutas, seu talento como espadachim foi mostrado em diversos episódios.

Chekov: Em plena Guerra Fria, talvez aquela ousada proposta (pra época) de se ter uma figura simpática, engraçada e com cara de Beatlle como o membro russo da tripulação da Enterprise na série de TV não sobrevivesse à visão dos executivos. O Chekov dos cinemas teria grandes chances de ser reformulado pra parecer mais com o estereótipo de “russo” que aparecia nos filmes da época (um visual mais sisudo e “vilanesco”, afinal russos eram sempre bandidos no cinema dos anos 60, HAEUAHEUAEH)… Robert Shaw já teria 38 anos em 1966, e, vindo da interpretação de um “russo” no filme do 007 de 1963 poderia ser um Chekov mais experiente e dúbio no filme, aquele personagem que as pessoas não sabem exatamente se é vilão ou não e que pode ser um bom contraponto ao grande herói da trama .

Scotty: Eu sempre disse que Scotty era o cara mais importante da série Star Trek, é sempre ele e suas gambiarras McGyverzísticas na manutenção da nave que safa o rabo do Capitão Kirk nas situações de perigo, ele também é um cara reclamão, de personalidade forte e que adora tomar um trago… Oliver Reed era praticamente uma versão humana desse personagem. Com 28 anos (mas sempre aparentando mais por causa do abuso com a bebida, cigarro e brigas de bar) o ator seria uma ótima pedida pra viver o Scotty.

Dr. McCoy: O oficial médico da Enterprise sempre foi um cara de emoções intensas, ele era o contraponto de Spock, o cara que exacerbava os sentimentos humanos pra mostrar como nós somos emotivos e movidos pela paixão de uma forma quase maluca… John Cassavetes era o tipo de ator propenso a esses papéis intensos, teria 37 anos em 1966, e firmou uma carreira conhecida por papéis de personagens fortes, viscerais e emocionalmente instáveis (como em Os 12 Condenados), seria uma versão mais light do modo de agir do personagem McCoy.

Spock: De longe o personagem mais popular da série, Spock é um personagem frio, lógico e calculista, mas também dono das melhores tiradas humorísticas da série, por conta do seu senso de humor involuntário… A aparência quase sintética, de semblante sempre sereno sem demonstrar emoções e fala monótona cairiam bem pra um ator como Anthony Perkins (que teria 34 anos em 1966), desde que interpretou Norman Bates em Psicose (em 1960) o ator enfileirou papéis em que interpretava personagens “esquisitos”, e o Spock se encaixa perfeitamente nessa regra.

Kirk: Pro capitão da Enterprise precisaríamos de um ator que personificasse o lado destemido, impulsivo e heróico que o personagem pedia… nos anos 60 um ator que cansou de viver papéis que mostravam essa faceta era Steve McQueen! Desde seu papel em Sete Homens e Um destino (em 1960) o ator enfileirou papéis de caras durões e destemidos, isso daria a McQueen, com 36 anos em 1966, a moral e cancha suficiente pra personificar um Capitão Kirk icônico nos cinemas.

Inimigos: Acho que os dois inimigos mais marcantes de Star Trek são Khan e também os klingons, qualquer um dos dois poderiam render um quebra legal num filme, sempre imaginei que um comandante klingon, com aquela empáfia que sua cultura marcial lhes dava seria um papel perfeito pra um ator como Yul Brynner

Já Khanoonien Sing, ou simplesmente Khan, poderia ser interpretado por um cara tipo o Omar Sharif, que sempre interpretava personagens imponentes nos filmes que participava, como Lawrnece da Arábia, A Queda do Império Romano, Gengis Khan e o Magnífico.

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