A Marvel Apresenta deste mês traz, compilados, os cinco volumes da mini-série Wolverine/Punisher. A ídéia da história é ótima, porém mal aproveitada; o que prejudicou muito o resultado final.
A história começa quando o Justiceiro resolve caçar um chefão do crime organizado chamado Napoleão. Intimidado pela persistência do vigilante em persegui-lo, Napoleão recebe o convite de um misterioso homem para se refugiar em Rugal Mehunn, uma cidade exclusivamente para criminosos fugitivos. Nesse meio-tempo, Wolverine também está a caminho dessa cidade, atrás de outro criminoso chamado Harvey Long. Os caminhos dos dois se cruzam e, após uma breve luta, descobrem que suas cabeças foram postas a prêmio e se vêm obrigados a unir forças para sair dessa.
Bom, o que dizer? Depois de Garth Ennis, os crossovers entre Wolverine e Justiceiro perderam a graça. Eles lutam logo de cara, quando se encontram, mas se trata de uma luta extremamente meia-boca em relação àquilo que já vimos.
Aliás, todas as cenas de ação dessa história ficaram meia-boca, exceto por algumas do Wolverine, que ficaram bacanas. Tudo acontecia rápido demais, sem suspense algum, e houve ausência de elementos-surpresa (aquele “líder” deles não foi surpresa nenhuma) e nenhuma grande virada. Achei que o Justiceiro, em uma cidade de criminosos, e ainda por cima na companhia de seu maior rival, foi uma ótima idéia, mas que foi mal aproveitada porque o cara podia ter feito um estrago muito maior, liquidado muito mais gente e ter tido uma relação menos amistosa com Wolverine.
Em suma, Peter Milligan pegou leve demais em seu argumento, quando poderia ter explorado muito melhor a natureza violenta e explosiva de ambos (e seus desentendimentos pessoais) em um ambiente tão propício. Os desenhos de Lee Weeks são razoáveis.
Nota 6,0. Doeu no meu bolso gastar R$7,50 nisso…
