Então, se você faz parte da turba ensandecida que acompanha com furor as aventuras eróticas de Westeros, com seus peitinhos e dragões, talvez goste dessa notícia: segundo o próprio velho barbudo, outra de suas “obras” estaria em fase de negociação para se tornar uma série de TV – Cartas Selvagens!
A história acontece durante a Segunda Guerra, mas num universo alternativo, onde um vírus alienígena liberado em Nova Iorque em 1946 transforma parte da população, dando superpoderes a alguns (os Ases) e transformando todos os outros em aberrações (os Coringas). O vírus também afeta cada infectado de maneira diferente dos demais, fazendo cada indivíduo possuir um poder único que varia desde invulnerabilidade e poder de voô até “ejaculação feminina venenosa“.
A série foi lançada aqui, inclusive, seguindo a maré causada pelos livros de GoT, também pela editora Leya.
Se a notícia é boa, eu já não sei.
Veja bem, a primeira vez em que eu ouvi falar sobre Cartas Selvagens foi lá nos já distantes anos noventa, quando foi trazido ao Brasil como uma minissérie em quadrinhos pela Editora Globo, tendo antes também sido cenário de RPG anexado ao sistema GURPS (através do suplemento Supers), e naquela época era algo muito massavéio! Isso de poderes aleatórios, distopias históricas, etc era algo ainda inovador. Mas hoje já não é o caso.
Fora que além da clara exaustão do modelo “série de super-heróis” que temos hoje em dia, ainda tem o fato de que viria pela NBC, que já tem um certo histórico em se tratando do tema…
Por fim, outro problema também seriam os direitos disso tudo pois Wild Cards não é só do velho barbudo – surgiu como uma espécie de universo compartilhado entre diversos autores de ficção científica do final dos anos setenta que, por sua vez, surgiu das sessões de RPG que Martin mestrava para estes mesmos autores envolvendo a temática da série.
Por isso, embora seja simples adquirir os direitos do velho barbudo e de Melinda Snodgrass (que também foi roteirista de Star Trek: a Nova Geração) a série envolve vários outros autores -mais de trinta – contando com nomes de peso como o já conhecido por estas bandas Chris Claremont (porque não estou surpreso…), dentre outros. Assim, talvez não seja tão simples a tarefa de adaptação, sobretudo numa época em que tanto se discute a equidade de direitos para autores e criadores de obras de ficção.
Enfim, particularmente, eu torço muito para que dê certo. É aquela velha máxima nossa, “sem bem executado, pode dar certo”, além de que seria legal ver algo na TV envolvendo superpoderes além do eixo Marvel-DC. Quem sabe o nome do barbudo engrene o projeto e tenhamos, em breve, mais um seriado pra cagar regra e bancar o senhor fodão (além de ter mais uma desculpa pra fazer hangout quando o podcast atrasa hauahuahuah)