Ivan Reis fala do AMOR de Morrison em Multiversity
Pois bem, nerdaiada maldita… Multiversity era a preparação pra Convergence e muitos acreditavam ser apenas uma saga pra tapar o buraco enquanto a DC mudava seus escritórios de cidade… Mas a cosia ganhou peso e representatividade e agora todos apostam que isso tudo resultará numa grande reformulação editorial na DC…
E um dos cabras que estão junto com Grant Morrison nessa empreita é o nosso chégas Ivan Reis, ele conversou com o pessoal do Newsarama sobre o processo criativo envolvendo a saga:
Newsarama: Quanto tempo levou pra desenhar cada edição e que tipo de liberdade você tinha pra desenhar personagens tão diferentes, vindos de universos tão peculiares e ir além do que Grant Morrison descrevia no seu roteiro?
Ivan Reis: Demorava cerca de 3 meses pra finalizar cada edição… Morrison me dá liberdade suficiente pra eu criar tudo o que eu sinto que a história precisa. Não sou muito de planejar com antecedência, sou adepto do caos da criação e das descobertas súbitas do processo de produção.
O Capitão Cenoura por exemplo, era descrito apenas como um personagem de desenho animado no roteiro de Morrison, eu então tive que adaptar o seu visual, aliás, o de todos os personagens, chegar num consenso, numa linguagem que singularizasse todos esses caras num ambiente só sem que tudo parecesse estranho como uma colagem de vários desenhos de estilos diferentes.
Newsarama: Qual a maior dificuldade nessa saga? E qual a referência que usou? Ela me lembrou muito Crise nas Infinitas Terras.
Ivan Reis: Encontrar um caminho comum pra narrativa dessa história foi um desafio… Montar as cenas da maneira certa, dando a devida importância a cada momento, sem alterar a linguagem sistemática foi a parte mais difícil.
Eu não tinha ideia de onde isso estava me levando, mas uma vez que você vê a história completa ela faz muito sentido.O caos e a sorte me ajudou a fazer o trabalho (risos).
Acho que a história se parece muito com Crise nas Infinitas Terras mais pela quantidade de personagens envolvidos, mas é fácil perceber que ela tem uma linguagem muito pessoal, e diferente também das narrativas que fiz para Blackest Night, Aquaman e Liga da Justiça
Newsarama: Em geral, o que representou pra você a oportunidade de trabalhar neste projeto?
Ivan Reis: Foi um enorme prazer fazer parte disso tudo. Todos nós já ouvíamos falar sobre esta história por um bom tempo, e ela é praticamente uma carta de amor de Morrison para o mundo dos super-heróis e dos quadrinhos.
O que eu acho? Bão, fiquei interessado em todo esse buzz que Multiversity e Convergence estavam causando nos fóruns gringos e resolvi dar uma olhada… ainda não terminei de ler Multiversity (e nem comecei a ler Convergence), mas o pouco que vi dá mesmo pra notar a questão do “AMOR” de Morrison pelos super-heróis, cada edição de Multiversity traz um mundo, centrado num herói, cada qual respeitando a realidade estabelecida naquele mundo, é algo nostálgico e ao mesmo tempo moderno (ou “cabeça) devido ao floreios que Morrison usa nos seus roteiros…
Por enquanto está muito bom, mas tenho certeza que ALAN MOORE FARIA MUITO MELHOR!!! AHEUAHEUAEHAUEHAEUAHEUAEH