Livros

Heróis de Brinquedo – Parte I

Alô, galera! Este é o primeiro de uma série de posts que farei a respeito do maravilhoso mundo dos bonecos de heróis. Portanto, espero que gostem e…. Divirtam-se!

PRIMÓRDIOS

Homem-Aranha da Mego


Falar sobre bonecos de heróis é uma tarefa difícil (e até mesmo ousada), até porque há uma grande escassez de estudos relacionados ao tema. Mas a vontade de falar a respeito foi maior que minhas limitações, e graças a uma pesquisa aqui e outra ali, associadas a um conhecimento que acumulei em 10 anos colecionando os ditos cujos, creio que poderei falar alguma coisa, sim. 🙂
Bom, os primeiros action-figures para meninos que existiram foram os Comandos em Ação, que surgiram em 1964. Os primeiros Comandos não eram aqueles pequenos, e sim aqueles no estilo do clássico Falcon, medindo aproximadamente 30 cm e com 21 pontos de articulação. Fora eles, havia, para meninas, a Barbie, que arrebentava no mercado de bonecas desde 1959. Mas até aí, ainda não haviam bonecos de super-heróis que se prezassem.
Os bonecos de heróis surgiram, com efeito, no início dos anos 70. Eram produzidos pela Mego, uma poderosa marca que entrou no mercado licenciado de bonecos fazendo gol de placa. Detinha direitos sobre a Marvel e a DC, isso porque não estou mencionando os outros produtos licenciados, como Planeta dos Macacos, Star Trek, Buck Rogers etc.
Assim, devido a essa grande concentração de direitos, a Mego praticamente fundiu, indiscriminadamente, a Marvel com a DC, numa coleção denominada “The World’s Greatest Super Heroes”. Tal como a Barbie e os Comandos em Ação, eram bonecos grandes, com pontos de articulações inéditos e vestidos com roupinhas de verdade. O corpo de todos os bonecos, na realidade, era padronizado e somente a cabeça variava. As roupinhas de verdade é que determinavam o restante. No entanto, havia certos bonecos onde o uso dessas roupinhas chegava a ser ridículo. O Coisa (do Quarteto Fantástico), por exemplo, tinha a cabeça moldada, mas o corpo era… uma roupinha pintada com a textura das pedras cor de laranja! Ou seja, o fundamento dessas roupinhas era mais profundo do que aparentava. Não serviam apenas para dar um toque de classe ao boneco; eram uma descarada medida de economia na pintura e detalhamento no corpo de cada um. É claro que isso, no final das contas, barateava mais os bonecos e eles ficavam mais acessíveis ao povo. Além do mais, nem todos passaram por esse procedimento. O Hulk, por exemplo, teve o corpo em si pintado e detalhado.
A coleção era bastante completa. Havia, praticamente, todos os heróis Marvel e DC da época (exceto os X-Men). Fora isso, havia bonecos até das identidades secretas dos heróis!
Apesar dos bonecos de 30 cm serem, antigamente, os mais populares entre a garotada, a Mego investiu também numa linha de bonecos menores (de aproximadamente 10 cm) denominada “Comic Action Heroes”, sob o pretexto de que, havendo uma linha de bonecos de porte menor, as crianças poderiam carregá-los mais facilmente para todos os lados. Esses já eram mais parecidos com os nossos action-figures de hoje em dia. Como os CAH não usavam roupinhas de verdade, a Mego pintava de uma maneira bastante precária o corpo dos heróis (que era padronizado, para variar. Tanto que o Hulk e o Homem-Aranha tinham o mesmo porte físico). As articulações eram bem básicas (embora os possibilitassem se sentarem, sem problemas, em seus veículos). O engraçado era a posição da mão direita desses bonecos. Parecia que estavam segurando aquilo, se é que me entendem. Mais tarde, a coleção saiu de linha e entrou a “Pocket Heroes”. Nessa, o corpo dos bonecos já se diferenciava mais um do outro, embora a pintura precária permanecesse. E quando me refiro precária, falo precária comparado ao que temos hoje em dia, pois os recursos daquela época realmente eram poucos.

Homem-Aranha: Pois é, rapazes. Na falta de mulher…

Fora esses, havia também os bonecos de arame, um gênero que foi bastante popular aqui no Brasil na segunda metade dos anos 80. Eram bonecos com corpo de borracha e uma estrutura de arame flexível por dentro, que possibilitava deixá-los em determinadas posições.
A Mego fechou suas portas no início dos anos 80, e os bonecos da marca valem, hoje em dia, uma fortuna.
Para conferir o acervo completo dos bonecos da Mego, visitem o Mego Musem e cliquem em “Galleries”.

Nerd Reverso

O que esse cara ainda tá fazendo aí? VAI EMBORA DO AMÉRICA!

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo