A Gente Vimos: O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro
Salve nerds infames! Aqui é Fábio Catena e venho com a primeira (e talvez última) crítica do novo filme do Homem Aranha: O Espetacular Homem Aranha 2 – A Ameaça de Electro. Preparados?
Marc Webb volta, mais uma vez, a direção da película tentando focar mais no relacionamento entre Gwen Stacy (Emma Stone) e Peter Parker (o ótimo-não-atrapalha Andrew Garfield) enquanto o mesmo é atormentado pelo “fantasma” do Capitão Stacy e a promessa feita no final do primeiro filme. Adiciona-se a tudo isso uma sub trama dos pais de Parkers e a relação com Norman Osborn e a Oscorp e voilá! Temos quase tudo o que lemos na linha Ultimate do cabeça de teia.
Nesse ínterim, em um acidente de laboratório pra lá de desastroso (digno de cena dos Trapalhões, mas ok), surge a ameaça do título, o vilão Electro (Jamie Foxx no automático, mas super convincente) um nerd virgem sem amigos, gênio da engenharia elétrica da Oscorp, que nutre uma admiração doentia pelo Homem Aranha depois de ser salvo pelo mesmo.
E nas divagações filosóficas de um nerd fodido (bem típico dos gibis), Peter se reencontra com o seu antigo amigo Harry Osborn (Dane DeHaan – excelente ator mau utilizado) que está sofrendo de um doença genética – herança do papai Norman. A amizade dos dois é colocada em cheque, quando Harry implora que o Homem Aranha o ajude doando seu sangue, acreditando que lá está a cura de seu problema.
Pois é, o excesso de sub-tramas e vilões (isso que nem falei do Rhino) é o que mais compromete o filme. Não é um filme ruim (tá longe de ser um Man Of Steel) mas fica faltando algo… A motivação dos vilões, por exemplo, não existe. Tudo é muito rápido e pouco convincente. A doença de Harry não comove em nenhum momento e falha miseravelmente em tentar mostrar um vilão fodão – é um retrato caricato de super sentai com péssima maquiagem. Nem o drama de Max Dillon/Electro convence o espectador: do nada você até esquece o que ele quer, está sendo mal por ser o vilão.
O que mais funciona mesmo é o drama amoroso entre Peter e Gwen. Aqui Mark acerta, já que é especialista em dramas farofas adolescentes. Não tinha como errar, mas funciona bem. Eu fiquei triste mesmo quando a Gwen termina com o Peter pra se mudar para a Inglaterra (ops, um spoiler). A química dos dois atores funciona muito bem em tela.
Cenas de ações espetaculares (?), efeitos visuais extremamente bem trabalhados. Fica só a critica da ultra velocidade do Aranha, e o excesso de câmera lenta. Não chega a ser um Snyder, mas após a terceira vez fica um saco de tão chato… Não compromete, mas também não ajuda – é só fan service massa-véio mesmo.
É um bom filme de super herói, muito divertido e empolgante, nada além. E é um filme do Homem Aranha, exclusivamente, todo o resto parece não importar. E apesar de uma bela abertura (depois da parte meio piegas do Pai do Parker porradeiro) o filme perde o ritmo que só volta após a morte da Gwen Stacy (ops, outro “spoiler”) e a lição de moral do final.
A morte dela não é bem assim, mas ficou muito foda
E a volta do Rhino. Que aparece só por 5 minutos O FILME TODO para justificar uma continuação e um possível filme do Sexteto Sinistro. Desnecessário, mesmo. O Paul Giamatti não merecia isso.
Não vá com muitas expectativas: o filme é divertido e muito superior ao primeiro em quase todos os aspectos. Mas é bem mediano e nada espetacular. Vale assistir com a patroa ou o filho para matar uma tarde de sábado. Como disse o próprio Girafa-Parker: “o público alvo são as crianças” Isso já diz muito XD.
Nota 7
P.S.: Gostaria de agradecer a Sony Pictures pelo convite para assistir a pré-estréia mundial do filme.