A gente lemos: Dies Irae – Capítulo 1
Taí uma premissa interessante: o que aconteceria se, em um futuro não muito distante, onde a tecnologia e a ciência estão tão impregnadas em nossas vidas mundanas que é praticamente impossível separá-las, Deuses simpesmente caíssem em nossos mundos, em um estranho fenômeno meteorológico?
Sim, isso mesmo o que você leu.
Uma chuva de Deuses.
Estamos falando de Ganesha e Tlaloc caindo dos céus, desacordados!
Essa é a história central de Dies Irae. Todo esse acontecimento maluco nos é mostrado pelos olhos da Doutora Daksha, da OMM (agência da ONU que monitora o clima global), que tenta entender o porquê disso estar acontecendo.
Todo o cuidado e detalhe do roteiro em contextualizar o que está acontecendo – um fato divino ocorrendo em um mundo científico – é muito bem colocada (e a situação que a Doutora está passando – a qual não vou contar porque é um spoiler que pode estragar a trama e deixa tudo mais interessante).
O que pega MUITO na leitura é a arte de Adan Marini. Se por um momento temos cenas boas de close-ups dos personagens, a narrativa dele deixa muito a desejar. Em alguns momentos, a disposição dos quadros deixa tudo confuso e suas sequências de ação, como o tiroteio da Doutora Daksha em seu apartamento, ficam impossíveis de se entender.
O roteiro, apesar de cumprir o papel em contar a história de forma intrigante, peca principalmente nos diálogos duros (“um meteoro caiu aqui. No momento estamos tentando o tirar de baixo da neve” – porra, quem fala assim?). Porém, a forma como a história vai saltando de situação pra situação é bem bacana!
Concluindo, Dies Irae prendeu minha atenção pela história. O gibi nos apresenta um mistério muito bacana, intrigante, que eu quero ver como termina. O argumento é muito bom, o roteiro tem algumas derrapadas e os desenhos capengam em muitas partes, mas não chegam a comprometer tanto o gibi.
Nota 7,5
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