Eu quero é botar meu saudosismo na rua: a volta do Mega-Drive
De uns dias pra cá a Tectoy, licenciada brasileira de videogames e que sentira o gostinho gostoso do sucesso na década de 1990, vem fazendo um burburinho com um anúncio (até então) secreto.
E o segredo é que a detentora dos direitos da SEGA no Br vai (re)lançar o saudoso Mega-Drive.
Com o shape de sua primeira versão e controle de três botões (aquele gigantão), a ideia é focar em cheio nos chamados retrogamers, um monte de velho gagá que o pinto não sobe mais e vivem reclamando aqueles jogadores da antiga, que não se atraem ou não são muito ligados em jogos mais modernos.
Isso é ruim? Não. Mas parece que a Tectoy exagerou no “apelo ao antigo”: em pré venda por R$399,00, o novo-velho Mega-Drive pouco tem de atrativo além do efeito nostálgico. Sua conexão com os aparelhos de Tv, ao contrário do que se andou especulando, não será HDMI, mas no velho cabo composto (aquele AV colorido). Seu formato de entradas para jogos continua sendo o velho cartucho, mas a única novidade está aqui, na possibilidade de leitura de cartões SD.
Ou seja: exceto pela entrada de cartão, esse novo-mega-lançamento-pode-ser-adquirido-por-menos-da-metade-do-preço-no-Mercado-Livre. Pior do que isso: se o lance todo é a entrada do cartão SD, aparentemente o novo-velho Mega-Drive não tem nada a oferecer que o faça ser minimamente interessante diante de qualquer notebook do milhão com emuladores e joysticks USB (ou até joysticks originais de Mega-Drive com adaptadores para USB). Inclusive, sobre cartões SD e emuladores, a Tectoy diz que seu novo Mega não é um emulador, mas também diz que “é possível se adicionar conteúdos a este cartão [o que vem de fábrica], sendo, contudo, responsabilidade do consumidor os testes de compatibilidade assim como as licenças necessárias.”
E pior ainda: até agora, não há confirmação se a Tectoy lançará novos jogos para o console – mesmo todo mundo sabendo que hoje no Brasil, diferente de 20, 25 anos atrás, tem-se um mercado de desenvolvimento de jogos (principalmente para mobile) e que poderia ser aproveitado e sem perder o clima retrô.
Então, fica a dúvida final: pra que isso, jovem? Cês não aprenderam nada com o Zeebo?