Bom, é o seguinte: a Marvel já fez muitos dos seus filmes em Georgia, nos EUA. A empresa tem uma espécie de parceria com o local, gravando filmes como o Homem-Formiga e o Capitão América: Guerra Civil – e atualmente está filmando os Guardiões da Galáxia 2 lá. Porém, recentemente, o estado de Georgia está com um novo projeto de lei para ser aprovado que permitirá que alguns estabelecimentos, legalmente, possam discriminar as pessoas baseadas em sua sexualidade.
Ou sejE, é uma lei anti-gay que fariam os políticos de extrema direita e religiosos do Brasil molharem as cuecas.
A Disney enviou um comunicado ameaçando retirar todas as produções de lá caso essa lei seja aprovada. Veja aí um trecho:
Disney e Marvel são empresas inclusivas e, mesmo tendo uma excelente experiência filmando em Georgia, vamos retirar nossos negócios de qualquer lugar que tenha práticas discriminatórias em sua própria legislação.
Muito bacana a atitude da Disney e da Marvel. Porém, a própria Disney e a própria Marvel têm MUITO o que fazer para serem as empresas inclusivas que tanto alegam ser.
Ambas cresceram com momentos nada inclusivos que mancham a sua história:
E, apesar de vermos muitos esforços para tentar aproximar a empresa do perfil inclusivo que eles alegam. Temos aí as personagens femininas das animações da Disney cada vez mais independentes, personagens negros da Marvel começam a ter mais destaque. MAS TUDO, É CLARO, em um ritmo de tartaruga. Ambas as empresas estão longe, mas MUITO longe de serem empresas inclusivas.
Louvável a atitude da Disney e Marvel e apóio 100%. Mas também gostaria de ver essa mesma lógica aplicada mais vezes em suas produções culturais. O que infelizmente não acontece hoje com a devida frequência.