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Dia do Batman: qual foi a HQ que mais marcou você?

Para quem não ficou sabendo, a DC instituiu HOJE como o DIA DO BÁTIMA nos Estados Unidos. E aí, em uma rápida troca de e-mails na lista do MdM, escolhemos as HQs do Morcego que mais marcaram a nossa vida. Não necessariamente foram as melhores, mas foram aquelas que nos fizeram achar o Batman um dos personagens mais supimpas de todos os tempos.

Vamos lá:


Bugman: A morte de Robin
Mortes de personagens deixaram de ser dramáticas, mas até pouco tempo a morte de Jason Todd era uma exceção. Depois de Dick Grayson, parecia natural que o personagem teria vida nova com o ex-menino de rua, mas ninguém apostaria que seria uma existência tão curta. De quebra, ver um herói clássico parar de ter como contraponto um anti-herói como parceiro foi importante para os anos seguintes. É curioso lembrar que anos depois, Damian assumiu um papel parecido.


Change: Batman Preto e Branco
Sempre fui um leitor Marvel, mas gostava de ler algumas histórias do Batman – uma ali, outra aqui. De vez em quando pegava emprestado as revistas da série “Um Conto de Batman”, mas não passava disso. Até que vi nas bancas a série Batman Preto e Branco. A proposta era simples: reunir os melhores artistas do ramo, dar algumas poucas páginas para eles produzirem uma história estrelada pelo morcego, com um clima bem noir que só uma arte em preto e branco pode nos dar. O resultado é uma das melhores coleções que já tive o prazer de ler. Aconselho vocês a procurarem a primeira série, que é boa demais!


Hell: Um Conto de Batman: Gotham 1889
Crise nas Infinitas Terras tinha acabado com as Terras Paralelas e Universos Alternativos da DC (coisas que eu curtia muito)… Aí de repente me aparece uma revista que colocava o Bátema 100 anos no passado, numa trama foda de Brian Augustyn cheia de suspense e mostrando o lado DETETIVE do morcegão de um jeito que quase não se via mais… Sem falar na primorosa arte de Mike Mignola, criando um design fodástico pro uniforme do Batman do passado além de uma Gotham City assustadora.

Misturando os antigos elementos que eu adorava (das terras Paralelas) com uma trama envolvendo eventos históricos reais (que eu também curto pacarajo), colocando o Batman no encalço de Jack o Estripador, Gotham 1989 pode não ser algo icônico na historiografia do Morcego como os clássicos manjados, mas está na minha lista pessoal por ter resgatado com competência coisas que eu achava que nunca mais iria ver na DC pós-crise.


Resdney Buchemi: Batman Ano Um
Como o Change, sempre fui leitor da Marvel(a melhor de todas, TODAS editoras de heróis do mundo) e na época que estava saindo A Queda de Murdock(Demolidor) aqui no Brasil escrita por Frank Miller e magistralmente desenhada pelo Mestre Deve Mazzuchelli, um amigo meu disse que já havia lido algo publicado pela dupla na DC com o Batman. Não dei muita importância até então.
Anos depois, um primo meu estava se desfazendo de sua coleção de gibis por causa da namorada(looser) e me passou as edições de Batman publicadas pela editora Abril onde saiam as histórias de Batman Ano Um. “Bom, vou ler essa bagaça..” Ao terminar, BUUUUUMMM, minha cabeça explodiu! A maestria e sincronismo da arte com a história é simplesmente FANTÁSTICA e moldou minha percepção de narrativa e de composição de páginas e a visão de um Bruce Wayne em treinamento e se preparando para ser um combatente do crime é genial. Ainda tenho as edições em formatinho da Abril guardas com muito carinho e recentemente a Pannini relançou a saga num encadernado de luxo muito bonito prestando uma linda homenagem ao eterno Cavaleiro das Trevas!


Poderoso porco: Batman: noites de Gotham
O dia pode ser do Batman, mas a noite não é! Nessa HQ a morcega mal aparece: a trama gira em torno de pessoas comuns dessa bizarra cidade. O casal de velhinhos com problemas financeiros, a garçonete meio despirocada que acha que seu cliente a ama… e que ele é o Batman! De certa forma, a sombra do morcego toca todos os cidadãos da cidade, e o bacana da HQ é justamente isso – algo que o Greg Rucka depois exploraria em Gotham Central.

Essa HQ saiu aqui num formatinho da Abril cuja capa eu achava bem legal, porque mostrava o morcego praticamente fundido ao prédio. Era um recurso comum nas capas dele, mas aquela, sei lá dava uma sensação diferente: Batman e o prédio eram mesmo uma coisa só. Depois, a história acabou me prendendo por ser a primeira vez que eu lia, mais do que isso, que eu pensava nas pessoinhas comuns que vivem (e se ferram) no mundo dos supers. Seus dramas são muitas vezes mais legais que o conflito intergalático do mês, e isso é legal demais! Não é a toa, as minhas HQs favoritas são aquelas sobre as pessoas “de verdade”. Coisa que eu descobri justamente com Noites de Gotham…


Nerd Reverso: As Muitas Mortes de Batman
Era 1990, o filme do Tim Burton era o sucesso do cinema e uma nova revista da Morcega em formato americano era lançada contendo esse arco escrito por John Byrne e desenhado por Jim Aparo. Achando que iria ver algo como Batman do cinema ou da série de TV, encontrei histórias mais sombrias e adultas de um Homem-Morcego amargurado após a morte do Robin. Lembro de ainda moleque ter achado aquilo muito diferente e não ter comprado a revista por muito tempo, mas anos mais tarde isso se tornou uma das pérolas da coleção e foi meu primeiro contato com os gibis do Bátema.


Ultra: Batman Ano 2
Gosto muito dessa história. Lembro muito pouco sobre como consegui a revista. Era um especial em formatinho, mas não lembro bem quando li pela primeira vez. Nem sei se consegui numa banca ou se foi numa lojinha de gibis usados. Para quem não conhece, essa HQ foi publicada originalmente em 1987 e é da dupla Alan Davis e Todd McFarlane. Nela, o Batman questiona a efetividade de suas ações (não foi a primeira vez, nem a última) quando encara um novo “herói” no pedaço: o Ceifador. O cabra não poupa marginal e com duas lâminas corta em pedaços a escumalha de Gotham City. Quando os dois se encontram, a porrada come, a morcega pede arrego e quase vai nanar no colo do capeta. Para piorar a situação, só uma pessoa poderá ajudar o Batman nessa treta: Joe Chill, o margina que apagoImagem inline 1u os pais do infante Bruce Wayne. Ela havia sido contratado pela bandidagem pra pegar o Ceifador. Logo, ser o “Robin” por uma noite pode quebrar o maior galho. Não lembro se essa HQ é mesmo boa, mas gostei muito na época. Guardo boas lembranças e ainda torço para ver o Ceifador nos cinemas.

 

Catena: O Cavaleiro das Trevas
Eu era um moleque que colecionava gibis por causa do meu pai, e sempre curtia muito o Batman. Um dia, um professor meu do colégio meu deu toda sua coleção de infância. E entre muitos gibis, estava lá no meio o encadernado do Cavaleiro das Trevas. A cada me impressiona até hoje (a do Batman saltando na frente dos raios). Foi a primeira Graphic Novel que li na vida. Tudo ali me deixou abismado, principalmente na época ver o Batman velho e não desistir de ser herói, e ainda peitar o Superman dando uma surra merecida. Digo sempre que esse é o gibi da minha vida, até então nunca tinha lido nada parecido e até hoje me impressiono quando releio. Além da arte do Miller estar no auge na época.

 

Algures: Um lugar para morrer
Esse foi o arco que introduziu o Tim Drake e onde começou o seu treinamento, para posteriormente se tornar o Robin. Acho uma história muito boa por que é tanto uma história do Batman quanto do Dick Grayson, e explora bastante o fato de que o Batman precisa de um Robin muito mais por questões emocionais e psicológicas do que por questões estratégicas. É um arco muito legal e me marcou bastante por que foi a primeira vez que acompanho toda a trajetória de um robin até ele se tornar um Robin, e por que as relações entre o Batman, o Dick e o Tim são muito interessantes. Saiu aqui na revista dos Novos Titãs, pela Abril.

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