Supergirl é o típico filme “Sessão da Tarde”, ou seja, é anos 80 ao cubo. Após ter revisto esse clássico, fiquei pensando qual deve ter sido a reação do público daquela época ao sair das salas de cinema. Será que engoliram? Será que odiaram? A verdade é que Supergirl nunca foi tão comentado assim.
Bom, o filme conta a história de Kara, uma alienígena que vem à Terra em busca de um poderoso instrumento chamado omegahedron, responsável pelo suporte de vida de sua cidade, Argo City. Como em todo filme de herói que se preze, o omegahedron cai exatamente nas mãos de um aspirante a vilão – nesse caso, uma vilã, Selena, uma bruxa que vive dentro de um trem fantasma.
A história corre de forma rápida e, por causa disso, resulta lacônica em diversos momentos. Não é explicado, por exemplo, como que diabos Kara conseguiu seu uniforme. Ele simplesmente se materializou na garota enquanto ela vinha para a Terra. Não foi explicado que ela era Kriptoniana. Isso foi deduzido pelo fato dela constantemente afirmar que o Superman era seu primo. Tá, e porque não explicaram no filme como esse pessoal, aparentemente Kriptoniano saiu de Kripton e foi para Argo City. Sei lá, essas lacunas tendem a criar sérias confusões mentais. Que filme melhor para aplicarmos constantementea célebre frase “É melhor não pensar muito nisso!”?
Apesar desses furos de história e dos furos técnicos (Kara voando de cabeça para baixo e sua capa continuando para cima, por exemplo), Supergirl diverte mais que Superman III (que cheguei a dormir vendo) e Superman IV (que desisti de ver). O filme conta com atores outrora consagrados como Peter O’ Toole, Faye Dunaway e Mia Farrow, para não falar de Marc McClure, o eterno Jimmy Olsen, que dá as caras nesse filme também. É o “tosco que dá gosto de ver”. Ainda mais por causa de Helen Slater, que marcou sua estréia nos cinemas nesse filme. Não marcou tanto como Christopher Reeves, mas certamente deixou sua marca. Hoje em dia, podemos ver e rever esse filme “que é ruim mas é bom” em DVD, por apenas R$9,99 nas Lojas Americanas.
