…aí o super luta contra Apocalipse, chega o Batman e resolve tudo com…Snickers?? Whaaat???
Vocês lembram que um tempo atrás rolou uma moderada polêmica por conta da nova maneira da DC de posicionar anúncios? Ao invés de fazer anúncios de uma página, a editora resolveu criar outros formatos, onde anúncios podiam ser colocados, por exemplo, cobrindo meia página. O resultado foi coisas grotescas como essa:
Sabe aquela história do “sempre pode piorar?” Pois então, o Rich Johnston, do Bleeding Cool, notou uma coisa enquanto lia a edição 959 de Action Comics:
Sim, esta é a exata sequência de páginas, sem páginas faltando entre elas. Se você ficou confuso com o que aconteceu, explico: Superman estava lutando contra Apocalipse nos túneis. Até que, de repente, eles não estão mais nos túneis, aparece o Batman (!), que resolve a parada oferecendo um Snickers (!!) para o Apocalipse. Aí descobrimos que o Apocalipse era, na verdade, a Mulher Maravilha (!!!), e percebemos que estas últimas páginas eram apenas um anúncio de Snickers (cuja chamada é “você não é você quando está com fome”, por isso a brincadeira da MM virar o Apocalipse). Depois da página de assinatura do anúncio, a história retoma para o normal (o que quer que seja o “normal” a essa altura do campeonato).
Na publicidade, existe diversas maneiras de divulgar um produto. anúncios são os mais comuns, mas em filmes e séries de TV há também o chamado “product placement”, onde uma marca específica aparece incorporada à história, como o personagem conversando com alguém enquanto toma uma coca-cola.
O problema é que não dá pra saber o que é esse anúncio. Confunde o leitor, tira o foco da história e dá um desfecho fake. O que a DC fez aqui foi usar o mesmo vilão numa história-propaganda de 3 páginas que não tem nenhuma conexão com a história original, mas faz parecer que tem!
É claro que usar narrativa como propaganda não é algo incomum, mas é a primeira vez que algo é feito dessa maneira, até onde eu sei. Já faz um tempo que a DC anda testando novos modos de promover seus anunciantes, mas me parece que o pessoal da publicidade da DC se esqueceu de algumas coisas bem básicas do ramo.
Não sei onde a DC estava com a cabeça quando achou que isso esta uma boa ideia. Parece aquelas paródias de universos como Robocop, que servem como uma versão exagerada que critica o mercado. Quem dera.