A Gente Lemos: Dark Knight III – The Master Race #1
Finalmente saiu. Comprei minha passagem de avião, fui até os EUA, compreu o gibi, voltei ao Brasil e li. Mas e aí? O que esperar de Cavaleiro das Trevas 3 – A Raça Suprema?
Pulamos três anos no futuro. O Bátima sumiu depois dos acontecimentos de O Cavaleiro das Trevas 2… Quer dizer, sumiu até essa edição, quando o morcego reaparece sentando o pau em alguns policiais que estavam perseguindo um suspeito.
E todo mundo já sabe da volta do Bátima, que foi filmado com um celular e já está nos principais noticiários. O que ele quer? Quem é ele? O que ele pretende? E ainda nessa edição, vemos que fim tomou a Mulher-Maravilha e a filha do Superman, que apareceu no segundo Cavaleiro das Trevas.
Bom, vamos lá.
Cavaleiro das Trevas é um dos maiores clássicos de toda a história dos gibis de super-heróis e, quando a DC anunciou que faria um terceiro capítulo (e já temos um quarto engatilhado), a editora deixou nós, os nerds velhos, com a pulga atrás da orelha. Nós já vimos esse filme antes com a segunda edição, do Frank Miller preguiçoso… E o resultado, na época, foi triste demais.
Mas e agora? Com Azzarello e Andy Kubert comandando boa parte da terceira edição.
Funciona?
Depende do que você encara por funcionar.
Sim, a porra-louquice do segundo capítulo foi embora. Se em Cavaleiro das Trevas dois parecia que estávamos em uma rave pisicodélica completamente drogado de LSD, aqui voltamos a um ambiente mais familiar: voltam os prédios escuros e a cidade suja do primeiro volume. Você se sente em casa ao começar a ler Cavaleiro das Trevas 3.
Mas falta ago…
Primeiro, vamos ao Andy Kubert. Vamos aos desenhos.
Andy é o pior dos Kubert. Seu traço é limitado e não faz juz à um título de tamanha importância. Ele é um cara que fez fama com o grande público desenhando os X-Men. OS X-MEN DOS ANOS 90. Em vez de destacar, Andy deixou a arte com cara de comum. COMUM. Essa é a última coisa que um título com essa grandiosidade poderia ter.
Sinceramente, não entendi essa da DC. Escolher um cara comum como Andy, mas massa véio, seria pra chamar a atenção da garotada? Mas um título como Cavaleiro das Trevas precisa chamar MAIS a atenção?
Mas e os roteiros?
Por enquanto, limitados. Por enquanto, por mais que eu odeie dizer isso, Cavaleiro das Trevas 3 me parece um gibi comum. E essa era a pior coisa que poderia acontecer.
Primeiramente, não tem nada de Frank Miller aí. Tem o Brian Azzarello tentando emular um Frank Miller com freios. Me pareceu que eleestava o tempo todo pisando em ovos, pouco à vontade. Por mais que seja uma revista introdutória, e apesar do plot twist da Carrie ao final do gibi, nada ali vai te fazer pular da cadeira. Você vai ler a história do começo ao fim com aquela mesma expressão de “tá… Ok… Que mais que tem aí, heim?”.
Espero que melhore nas edições a seguir. Como falei, mesmo sendo um Marvete safado, reconheço Cavaleiro das Trevas é uma das mais importantes obras ha história das HQs. Ver algo morno assim em um título desse dá até dó. E Andy Kubert, vai pro inferno.
Nota 6,5