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10 (ou mais) Quadrinhos nacionais para presentear (ou ser presenteado) neste Natal

Natal chegando aí, talvez você seja obrigado a dar algum presente de amigo secreto para um colega de trabalho chato e receber de presente do seu amigo secreto algo tipo, sei lá, um conjunto de canetas.

Mas também pode ter um lado bom. Você pode ter que dar um presente de amigo secreto para alguém que gosta muito, um amigo, um(a) garoto(a) que você está a fim, e tal. Ou melhor: você está participando de um amigo secreto onde pode colocar na lista o que você pretende ganhar.

Em qualquer um destes casos, se você quer presentear (ou ser presenteado) com algo muito bacana este ano, minha dica é: quadrinhos nacionais. Eu falo muito sobre o quanto os quadrinhos brasileiros tem crescido, não só em número, mas principalmente em qualidade. Tem para todos os estilos, idades, gostos e amores.

Então confere aí uma lista de 10 Hqs bacanas para você presentear – ou ser presenteado (a ordem é aleatória). Todas elas podem ser encontradas online, ou no site dos autores, ou sites de livrarias e comicshops.

 

Graphics MSP

O Sidão e a Maurício de Sousa Produções deixaram um presentão pronto para quem quer inserir alguém no mundo dos quadrinhos, mas só conhece Turma da Mônica. Cada uma das 4 Graphics lançadas tem uma pegada radicalmente diferente e agrada a um tipo de público: Magnetar do Danilo Beyruth e Cris Peter vai para os fãs de sci-fi; Laços dos irmãos Cafaggi vai para os saudosistas da Turma e dos filmes dos anos 80; Pavor Espaciar do Gustavo Duarte é para quem curte humor e os documentários malucos do History Channel/Discovery sobre OVNIS, e Ingá (meu preferido) do Shiko é uma aventura histórico-fantástica no melhor estilo Conan.

 

As coisas que a Cecília fez

Uma das HQs que adquiri no FIQ este ano. As Coisas que Cecília Fez, de Liber Paz é um recorte da vida de uma mulher já madura e com a vida estável que, ao ver uma pessoa que não lembrava de onde conhecia, evoca memórias de um período de sua vida em que ela havia esquecido. Ou pelo menos havia tentado esquecer. Uma hq emocionalmente muito sincera e madura (mas CUIDADO: tem cenas de seCHo explícito), que mostra bem a diversidade da produção atual de quadrinhos.

 

Quadrinhos A2

Paulo Crumbim e Cristina Eiko logo logo serão muito conhecidos pela vindoura Graphic MSP do Penadinho (você pode saber mais sobre isso num dos podcasts do MDM). Mas o que provavelmente garantiu a eles este trabalho foi a série Quadrinhos A2. Atualmente com 3 volumes, Quadrinhos A2 é uma autobiografia a 4 mãos de uma forma que só os quadrinhos podem fazer: totalmente lúdico. Uma das melhores coisas já feitas em quadrinhos nos últimos anos.

 

Pequenos Heróis / Futuros Heróis

A gente já falou sobre estas duas HQs por aqui, sendo Futuros o lançamento mais recente. Não há uma sequência direta entre os dois; a diferença é que um homenageia os heróis DC e outros homenageiam os heróis Marvel. Escritas por Estevão Ribeiro e com arte de diversos desenhistas bacanas (Entre eles Vitor Cafaggi, Raphael Salimena, Leo Finnocchi e Emerson Lopes) todas as histórias são sem diálogos, então é possível presentear pessoas de 8 a 80 com estas HQs.

 

Vigor Mortis Comics

Apesar de ser parte de um projeto transmídia, Vigor Mortis pode tranquilamente ser lida sem conhecimento nenhum do que se trata. Mas, basicamente, são histórias passadas no universo das peças de teatro da companhia Vigor Mortis, onde a estética de terror (particularmente com inspiração no Théâtre Du Grand Guinol) e escritas por José Aguiar.

 

Um Sábado Qualquer

Carlos Ruas compilou suas tiras em duas versões impressas: O livro Um Sábado Qualquer e Boteco dos Deuses. Ambos são sensacionais. Para quem não conhece (se é que tem aguém que não conhece), as tiras de Um Sábado Qualquer geralmente versam sobre a existência criada por deus e como é sua vida como criador do mundo. Boteco dos Deuses é uma série de tiras em que Deus se encontra em um boteco com deuses de outras mitologias. Recomendadíssimo – se você não for um fundamentalista da sua religião, é claro.

 

Daytripper

Embora Daytripper tenha sido uma HQ lançada lá fora, é um trabalho feito por brasileiros e está disponível no Brasil. Eu demorei pra ler essa HQ por conta de outras coisas que tinha lido dos gêmeos e não tinha gostado, mas confesso que me arrependi de demorar tanto tempo. Daytripper é uma história muito bem feita, criativa, e emocionalmente complexa. Na história, o filho de um escritor conhecido encontra seu último dia de vida – várias vezes.

 

Nem Morto

A série de tiras sobre um cara que acorda no necrotério depois de ter morrido, escrita pelo amigo do blog Leo Finocchi é uma das grandes surpresas dos quadrinhos nacionais e foram compilados em 2 álbuns: Nem Morto Volume 1 e Nem Morto – Apocalipse, que foi financiado pelo Catarse.

 

Bando de Dois

Eu sei, eu sei, é até meio clichê falar de Bando de Dois, mas como fã do Beyruth, não podia deixar essa passar. O “faroeste brasileiro” de Bando de Dois é uma ótima pedida para quem curte aventuras do tipo e não é muito chegado em super-heróis. Na história, dois últimos sobreviventes de um bando de vinte cangaceiros partem em busca das cabeças decepadas de seus companheiros, preparados para enfrentar um exército, cada um com os seus motivos.

 

7 Vidas

André Diniz é um dos meus autores nacionais favoritos, junto com Danilo Beyruth. Eu poderia citar qualquer uma das HQs lançadas por ele, mas creio que 7 Vidas se destaca por uma série de motivos. A história é um recorte da vida do próprio autor, no qual ele se dispôs a fazer uma terapia de regressão a vidas passadas. Mas não se preocupe se você não acredita nisso: a história não é panfletária e não tem a pretensão de provar que vidas passadas existem de verdade. Mas, para quem se interessa pelo assunto, seja do ponto de vista psicológico, psicossocial ou religioso, é uma ótima pedida, até pela originalidade do tema.

 

Bem, aí estão (bem mais que) 10 dicas para você dar quadrinhos de presente. Faça bom proveito!

Algures

Meu nome é Algures e tenho 41 anos (teria se tivesse vivo). Morri aos 13 anos tentando ouvir o Podcast MDM proibidão. Envie esse post para 20 pessoas para que eu possa descansar em paz. Caso não repasse essa mensagem, vou visitar-lhe hoje à noite e você vai se arrepender. Dia 15 de julho, Rafael riu dessa mensagem e 27 anos depois morreu em um acidente de carro. Não quebre esta corrente a não ser que queira sentir minha presença (atrás de você)

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