Review: Baldur’s Gate 3
Bom, depois de 92.7 horas, segundo meu perfil na Steam, eu finalmente terminei Baldur’s gate 3, jogo que eu joguei todas as versões do Early Access (veja minha crítica de 2021 aqui).
Antes de qualquer coisa, vamos dar uma resumida na história principal: o jogo se passa 120 anos depois de Baldur’s Gate 2: Shadows of Amn (que lan,cou pra PC lá em setembro do ano 2000), e seu personagem, que pode ser alguém criado do zero ou um personagem já criado, acorda dentro de uma nautiloid, nave interdimensional dos illithid, os Mind Flayers do Baldur’s Gate 2. Eles colocam dentro do seu olho uma espécie de girino de illithid – ele entra no seu cérebro e, em alguns dias você vai se transformar em um Mind Flayer.
A partir daí você entra em uma missão: fugir da nave dos Mind Flayers e encontrar uma cura para retirar o girino da sua cabeça. Ao longo do caminho, no primeiro ato, você vai encontrando seus companions, cada um com uma personalidade bem diferente da outra, e com uma história cheia de segredos, mistérios e reviravoltas.
E é aí que tá a grande força do jogo: os diálogos, a história e sua relação com seus companions.
Eu poderia falar do incrível sistema de batalha por turnos, que segue fielmente as regras do RPG de mesa Dungeons & Dragons. Cada luta pode ser resolvida de centenas de maneiras diferentes… Mas quero focar aqui na história.
Olha, eu amo jogos onde cada decisão sua pode alterar todo o rumo por onde a história do jogo caminha. Mas eu nunca vi nada parecido com baldur’s Gate 3.
Agora que terminei o jogo fazendo quase tudo o que eu podia, pude perceber que mesmo as pequeninas decisões que você toma no início do jogo vão alterar toda a história até o final! E o jogo não te diz nada, você tem que ir tomando as decisões com muito cuidado.
E junto com a história que vai desenrolando em três atos você também tem a história de cada companion. Cada um deles tem seu passado e seus segredos que eles precisam resolver – que vão se desenvolvendo ao longo dos três atos. O quanto você vai se envolver (e alterar o rumo) em cada uma dessas histórias fica a seu critério.
Eu fiz de todos. É incrível como a Larian, desenvolvedora do jogo, conseguiu criar inúmeras sidequests e backgrounds dos companions tão envolventes. Seu coração vai ficar atrelado a cada um dos seus companheiros de aventuras e até mesmo daquelas mini sidequests que você não daria nada…
Baldur’s Gate 3 é um jogo com uma história imensa. Acho que a maior que eu já vi em um jogo de videogame. E cada linha escrita dessa história é fantástica e cativante.
Seus personagens, em especial seus companheiros, vão tocar seu coração. Mesmo os mais irritantes tem por trás uma trágica história que você não faz ideia de como vai resolver o problema deles. Cada linha de diálogo de suas conversas importa e é escrita com muito carinho – e todos os dubladores entregam um trabalho fantástico, de corpo e alma.
Fora que, com tantas possibilidades de desdobramento da história, o fator de rejogabilidade é imenso. Você termina 100 horas de jogo e já quer fazer outro gameplay pra ver o que muda se você fizer outras coisas.
A Larian está com o jogo em Early Access há muitos anos.
Os fãs da franquia, como eu, estão jogando desde 2020 e entregando uma cacetada de sugestões pra Larian, que prontamente incorporou a maioria delas na versão final.
Baldur’s Gate 3 é um jogo feito com muito capricho, com muito carinho, com envolvimento direto de seus fãs mais apaixonados. É óbvio que é um sucesso e tem de tudo pra ser um dos melhores jogos de um ano muito disputado, com o novo Zelda e Starfield.
Vocês sabem de todo o meu amor por Fallout New vegas, meu jogo favorito de todos os tempos.
Eu coloco Baldur’s Gate 3 do lado dele.
Gostei DEMAIS desse jogo e foi um dos melhores games que joguei na vida.
Nota 10