O que os MdMs acharam da CCXP

Vocês já cansaram de ver por aí trocentas matérias falando da CCXP (essa do UHQ tá bem bacana), aquele evento pro qual você não foi porque é só um moleque ferrado e sem grana. Então, safadamente, resolvemos só juntar as opiniões de merda altamente qualificadas dos MdMs sobre o evento e jogar tudo num post só. Confiram no replay!

 

MdMs, Paulo Siqueira e Diogo Braga

 Change: A CCXP, o primeiro grande (grande mesmo) projeto voltado aos nerds, geeks e bazingueiros do Brazil (quiçá da América Latina) finalmente chegou e eu pude ver, pelo menos por um dia (no sábado), como foi o grande projeto do Omelete. De cara, afirmo logo: nunca vi um evento tão grande realizado por aqui – por incrível que pareça, o Centro de Exposições Imigrantes foi completamente tomado por estandes, lojas, cosplayers e auditórios.

De pontos positivos, é bom ver um evento desse tamanho por aqui, com grandes estúdios marcando presença, com bons (não excelentes) convidados, a galeria dos artistas estava bacana (recebi bons feedbacks deles em relação à vendas) e respeito aos velhos nerds com a presença de Don Rosa e Jose Luis Garcia-Lopez andando pelo evento.

De pontos contras, o calor, as filas nos auditórios e os próprios estandes que pareciam não acreditar no potencial da CCXP, trazendo poucas atrações e fazendo uma exibição super tímida: os descontos dos gibis estavam medíocres, nenhum estande dava brinde, eles tinham pouquíssimas atrações de verdade (aquele Homer no estande da FOX foi lamentável) e faltou MUITO para eles entenderem o que é uma Comic Con. Como falei pro Hell, parece que eles não acreditaram no sucesso de público que seria a feira (espero que apostem mais no ano que vem).

Veredito: Foi legal estar na Comic Con. Para a primeira edição, foi um bom evento, mas eu esperava mais pelo preço que paguei – pra mim, o preço de 100 cascalhos meia entrada não valeu. Mas certamente espero o próximo e sei que não só a CCXP vai se tornar algo bem maior, como também as empresas que compraram espaços lá finalmente entenderam o tamanho e a importância do evento.

 

 Mallandrox: 100 pratas para entrar? Terra da coxinha gourmet mesmo essa porra!

 

 

 Poderoso Porco: Como um filho do FIQ, meu pé atrás com a CCXP era notório, evidente e compreensível. Será que esse trem ia colar? Será que eu queria que colasse? Enfim, enfiei toda essa apreensão no saco e fui para os dois últimos (e mais cheios) dias de evento. E me surpreendi muito com o que vi.

Ocorreram falhas? Sim, algumas por conta da própria organização do evento (por exemplo, as pessoas podiam entrar na sala principal de painéis de manhã e não sair enquanto não quisesse, o que impedia que você assistisse apenas um painel de interesse no meio da tarde, por exemplo; a impossibilidade dos visitantes de saírem do centro de conferências – para comer a preços dignos – e voltarem depois; o espaço exíguo das mesas da Artist’s Alley; o tempo curtíssimo de alguns painéis – O quê? Uma mesa com sete participantes durar apenas 45min? Onde já se viu?), enquanto outras pelos expositores (Hey, Comix! Pode falar, vocês não botaram fé na parada, né?), mas o saldo positivo do evento foi muito bom.

E no fim, eu não fiquei receoso com o FIQ ou coisa que o valha: ficou claríssimo que os dois eventos miram em públicos bastante diferentes. A CCXP movimento 80mil pessoas segundo os dados oficiais, mas em sua maioria uma galera que se interessava também por quadrinhos – e de preferência aqueles mais pop, mais ligados ao cinema e à tevê, o que não é a pegada do FIQ. Isso ficou bem visível na Chéga’s Alley, onde quem tinha fanarts de personagens badalados e coisas do gênero chamou mais atenção (e, consequentemente, vendeu mais, mesmo que material independente) do que quem só trouxe o material autoral.

Agora, faltou desconto nos produtos a venda (tinha coisa sendo vendida tipo Black Friday Brasil: pela metade do triplo do preço) e faltou, por parte dos expositores, investir em atrações que de fato atraíssem. Passei a maior parte do tempo na Chéga’s Alley e, quando saí dela, vi que o interessante tava é lá mesmo. O resto era só coisa pra fotografar (depois de uma filazinha de meia hora básica) e só. Vamos ver se, entre os dias 03 e 06 de dezembro do ano que vem, os expositores dão uma garibada na parada e melhorem ainda mais o evento, que já foi bem bacana!

 

Sean Astin, que só vi passando cheio de segurança em volta (Silmara Albi / CCXP)

 Nerd Reverso: Como muitos aqui, tive minhas dúvidas quanto à primeira edição da CCXP, até pela conturbada apresentação inicial, mas fiquei mais do que feliz por ter mordido a língua e ter presenciado mais um grande evento para os quadrinhos.

Já falei de minhas primeiras impressões sobre a CCXP aqui, agora complemento com algumas observações finais: a falta de sinal de internet foi um grande problema para os lojistas que dependiam do sinal pra realizar as vendas por cartão; o calor realmente foi um problema nos dias mais cheios (sábado e domingo); e as filas (do auditório e das lojas) são algo que os organizadores e os expositores precisam resolver (acredito que ambos, mas principalmente expositores subestimaram a demanda do público). Mas no geral os organizadores estão de parabéns pelo sucesso logo na primeira edição de um evento desse porte e, principalmente, pela demonstração de que desejam corrigir todos os erros, para que a CCXP se torne ainda melhor no futuro.

Além da oportunidade de ter um grande evento que reúne várias coisas que o público nerd/geek/bazingueiro curte, é ótimo ter mais um evento-vitrine para os quadrinhos no Brasil. Se bonequinhos e cosplay foram o rosto da CCXP para o público, a Ala dos Artistas foi o coração! Foi incrível ver novos talentos do quadrinho nacional ao lado de artistas consagrados e convidados gringos como García-Lopez e Don Rosa, todos dividindo tranquilamente o mesmo espaço e a atenção do público. Muitos dos artistas com quem conversei venderam mais que o esperado e alguns até esgotaram seus estoques. Só por isso, já valeu a pena o evento ter existido!

 

 Ultra: Não me convidaram/ Pra essa festa pobre/ Que os homens armaram pra me convencer/ A pagar sem ver/ Toda essa droga/ Que já vem malhada antes de eu nascer.

 

 Rafael Grampá, não não, perdão, Fábio Catena: Depois de uma espera de 7 meses, chegou o dia de enfrentar a CCXP. Como eu estava acostumado com o FIQ, fui pensando que seria a mesma correria, encontrar os chégas, comprar quadrinhos.

Mas, me surpreendi quando vi o tamanho da parada… Era tipo uma BGS em termos de estrutura, mas com o triplo (atraix de você) de bazingueiros… serio, sábado e domingo estava um inferno.

Muita gente, muitos painéis, muitos cosplayers… Até aí parecido com outras “cons” e eventos similares… Mas era só dar uma voltar e ver que a galera do Omelete e da Chiaroscuro se empenharam em promover a experiência nerd de uma Con gringa. Tinha stand de empresas, de estúdios de cinema/TV, de escola de artes, de empresa de games… Serio, era muita coisa pra ver e fotografar.

E tinha o Chégas Alley com toda a galera das hqs independentes e caras que desenham na gringa atendo ao público, que consumia como se não houvesse amanhã…. Fiquei na mesa com o Buchemi e tudo foi vendido. Nem no FIQ isso aconteceu… Bom pra todos, já que a maioria disse que teve um lucro imenso vendendo suas paradas e o feedback mega positivo dos curiosos ou já consumidores assíduos.

Claro, algumas coisas Tavam fodas, o ar condicionado não afugentou o fluxo de gente, o sinal 3G das 10 às 19 era praticamente inexistente, prejudicando quem usava máquinas de cartão… O wifi também tava capengando um pouco, o que prejudicou muito nas vendas… Empresas que não deram nada de brindes, ou descontos, ou não acreditaram no evento e estavam lá só pra encher tabela…

Mas entre muitos acertos e pouquíssimos erros, valeu a pena a CCXP. Me diverti muito, vi muita coisa bacana e acho que não deve nada à uma New York Comic Con da vida…. Só acho que o nerds mais fãs de hqs aproveitaram mais o evento em si, principalmente no Artist Chégas Alley

Nota: 9,473 robôs gigantes

Ansioso para 2015 XD

 

Change devolvendo a pipoca Clac do Heitor (“abaixa o volume, Heitor!”)

 Rodney Buchemi: Em duas palavras… FOI ÉPICO!!!! Ainda me sinto lá em São Paulo, porque a ficha ainda não caiu… Pra mim foi o maior evento de quadrinhos e cultura pop que participei até hoje. Já estive em Comic Cons lá fora e a CCXP não deixou nada a desejar. Houveram alguns contra tempos mas nada fora do comum em eventos desse porte. Acredito que, como profissional de quadrinhos, a CCXP foi e ainda será um local onde podemos interagir com os fãs, reencontrar amigos, fazer contatos e trocar experiências da área com profissionais nacionais e internacionais; além disso, consegui um retorno financeiro maior do que o esperado. Levei 300 posters de 30 desenhos diferentes e do segundo para o terceiro dia já haviam se esgotado assim como os 80 sketchbooks de 2014 que levei que estavam sendo vendidos com um desenho personalizado feito no ato da compra que também esgotou. Fiz uma lista de commissions para o evento e não consegui entregar todos os pedidos (ainda faltam 2) e trouxe uma lista pra fazer em casa.

O que mais me impressionou foram os quadrinistas internacionais convidados… Foram muitos e não vou conseguir lembrar de todos mas, no artist’s alley minha mesa estava de costas para as mesas do grande Klaus Janson( Justiceiro, arte final em Batman O Cavaleiro das Trevas) Sean Murphy( Punk Rock Jesus, Hellblazer, Joe O Bárbaro) Andrew Robinson( O Quinto Beatle) Dave Johnson( Deadpool) e ao meu lado estava Ariel Olivete( Conan O Aventureiro, Hércules).

Recebi um elogio/critica muito PHOOODAAAA sobre meu trabalho do carismático Sean Murphy que levou um sketchbook e fez uma commission do Conan pra mim.

Não posso deixar de elogiar também a equipe do Chiaroscuro( a empresa que agencia meus trabalhos para o exterior) que foram sempre solícitos e presentes. Agradeço também ao pessoal do Omelete pela iniciativa de promover tal evento em parceria com a Chairoscuro(Churrascoduro). Agradecimento especial para Joe Prado, Ivan Freitas e Cris Bolson pelo apoio e atenção mais que pontuais! E vamo que vamo CCXP 2015!!!! Vai ser ÉPICO de novo!!!

 

 Hell: Eu não fui, foloda-se

 

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