Na Fórmula 1 da DC, Mulher Maravilha fica sem a Maclaren

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Esses tempos eu falei no pod do MDM (na verdade, acho que falo isso sempre que tenho oportunidade) que essa leva de filmes da DC que a Warner divulgou vai acabar não rolando, e aposto que não passa do Esquadrão Suicida. Não que eu esteja torcendo contra; na verdade, ou não muito pelo contrário, já que sou fã da DC. Mas é preciso analisar o contexto (o que eu não vou fazer aqui).

Enfim, falando em Warner decepcionando, o Hollywood Reporter divulgou que Michelle Maclaren, que havia assinado para dirigir o filme da Mulher Maravilha, está fora do projeto. Maclaren, que tem no currículo séries como Game of Thrones, Breaking Bad e The Walking Dead, saiu do projeto com a justificativa de sempre: “Diferenças criativas”. Ainda não se tem muitas informações sobre o caso, então ainda não é certo se essa mudança vai afetar o cronograma de lançamento do filme (que está agendado para 2017).

Bão, isso é bem chato, de fato, e confesso que, apesar do meu pessimismo de sempre em relação à Warner/DC no cinema, eu estava esperançoso com esse film4. Agora as coisas começam a ficar mais nebulosas.

Isso significa que o filme está perdido? Óbvio que não (não necessariamente, pelo menos). Este tipo de mudança é comum, ainda mais em blockbusters que possuem uma linha “editorial” bem específica. A própria Marvel, que normalmente é apontada como sinônimo de sucesso teve seus problemas com diretores, como quando trocou a Patty Jenkins, que dirigira Thor 2, por Alan Taylor, e mais recentemente quando trocou Edgar Wright por Peyton Reed para o filme do Homem formiga. Drew Goddard foi outro que deixou uma produção da Marvel, no caso a série do Demolidor do Netflix. Então a troca de diretor não é, necessariamente, um mau sinal.

O que muitas vezes configura um mau sinal, no entanto, é a justificativa das chamadas “diferenças criativas”, que na prática normalmente significa que o diretor tem uma visão, e o estúdio tem outra. Considerando o currículo da diretora, que tem inclusive prêmios nas costas, não agrada muito pensar que a Warner não quis seguir com sua visão.* Mas isso é só porque eu não confio na Warner (ainda) quando o assunto é DC nos cinemas. Se fosse a Marvel, eu não me preocuparia nem um pouco, AHuHAuHAuhAUhUAhUHAuHAUHAUHUAh

Alguns podem dizer que essa é uma justificativa padrão e não há motivo para preocupação. Mas vejam, nem sempre: Drew Goddard, por exemplo, deixou a série do Demolidor do Netflix porque era obrigado contratualmente a dirigir o filme do Sexteto Sinistro (que no fim foi por água abaixo, que merda, hein? ahuahauhau).

Mas eu espero que encontrem um(a) diretor(a) logo, e não deixem a peteca cair. Várias já foram as vezes que se tentou tirar um live action da MM do papel, já tá ficando meio ridículo. Principalmente considerando que a Marvel já lançou série com coadjuvante feminina de personagem e vai fazer um filme da Capitã Marvel, que nem de longe é tão icônica quanto a Mulher-Maravilha. Não que a Warner precise ficar sempre olhando para o que a Marvel tá fazendo, a comparação é apenas para mostrar o ridículo da situação: a super-heroína mais popular dos quadrinhos entre o público comum (deve ter gente que acha que nem sequer existem outras super-heroínas além dela e da Viúva Negra) NUNCA teve um longa metragem em live action oficial. Aí não, né.

Ah, e a Maclaren da Fórmula 1? Não tem nada a ver com o assunto. Mas eu imagino que isso você já sabia.

*O que também não significa que, se o caminho que ela queria seguir era bom, o do estúdio é automaticamente ruim. Às vezes é apenas o caso de ser bom, mas não casa com os planos maiores do estúdio.

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