O que leva ao radicalismo segundo a DC?
Pois então, nerdaiada maldita… Desde o início dos Novos 52 a DC Comics tem demonstrado uma “preocupação” maior com a diversidade sexual, racial e religiosa nas suas HQs, numa estratégia de ampliar ops públicos e abarcar todas as diferentes miríades de comportamentos e convicções da humanidade…
Mas obóviamente que esperar que um reles roteirista de HQ, que trabalha num ritmo infernal de escala industrial, tenha sagacidade, discernimento e bagagem intelecto-cultural pra discorrer sobre esses temas de maneira abalizada é querer de mais, né?
Tanto que muita merda já rolou por aí, com as novas iniciativas serem acusadas de sexismo, misogenia, xenofobia e muito mais… E essa semana tivemos mais uma polêmica, na história do Adão Negro escrita por Geoff Jhons, veja aí?
Temos Addriana, uma ativista que acredita em meios pacíficos e toma um sabão do seu chégas Amon, que é mais radicalzinho…
Aí um dia a bisca está lá filmando e observando os protestos… filosofando a respeito…
Até que seu chégas morre, e a pacifista convicta não demora nem dez segundos pra mudar de opinião, pegar sua AK-47 e sair por aí metendo bala em todo mundo!
Aí começou o mimimi nos fóruns gringos… onde alguns criticaram a simplicidade de argumento que levou a mudança repentina de opinião da personagem, que passou de uma militante pacifista a uma terrorista em 3 quadrinhos está banalizando o real motivo dos protestos que estão ocorrendo pelo mundo, tirando dele o caráter de luta social…
Mas há também os que criticaram a carga emocional da bagaça, dizendo que a justificativa dela virar uma radical por vingança pela morte do seu amigo pode levar o leitor AMERICANO a nutrir uma certa condescendência e até mesmo simpatia pelos atos da personagem, criando uma certa apologia ao TERRORISMO!
O que eu acho? Eu realmente fico admirado de como os EUA e um país de coxinhas politicamente corretos que “extremizam” pra todos os lados tudo o que veem…
Tá certo que a motivação da personagem pra virar uma “terrorista” foi pifiamente escrita pelo Johns, mas daí pra gerar esse murmurinho todo de se discutir se a HQ está “apoiando” o terrorismo ou banalizando os movimentos de protestos só demonstra que o nível de despreparo pra entender e discutir a situação do povo médio americano é tão meia-boca quanto o do roteirista que escreveu a história…