A gente vimos: Cloverfield Lane
De cara, recomendo que se você não viu o primeiro Cloverfield vá assistir primeiro – dá para ver esta sequência antes, mas acho que vale a pena a experiência tradicional – e evite qualquer trailer. Foi o que fiz e a surpresa da produção dirigida por Dan Trachtenberg fez muita diferença.
Se na primeira vez, o diretor Matt Reeves apostou em uma câmera na mão dos atores, como o clássico A Bruxa de Blair e o legalzinho Poder Sem Limites, para contar uma história de amor em um filme-catástrofe desta vez a estética mudou. Cloverfield Lane é um Thriller em um universo supostamente pós-apocalíptico, que não sabemos se repercute durante os acontecimentos do primeiro filme ou não.
E se você não viu a produção original, fica mais na dúvida ainda. O que é ótimo.
A jovem Michelle (Mary Elizabeth Winstead) sofre um acidente de carro e acorda no porão de um desconhecido. Howard (John Goodman) diz ter lhe salvado de um ataque que deixou o mundo contaminado por radiação, motivo pelo qual devem permanecer protegidos em seu bunker. Após conhecer o jovem Emmett (John Gallagher Jr), ela resolve investigar as poucas informações que seu suposto salvador lhe deu.
De cara, Cloverfield Lane não tem a mesma estética. Ao invés da câmera na mão, temos um filme tradicional. E no lugar de um filme-catástrofe como os primeiros minutos e a produção anterior prometem, temos uma história de terror psicológico, muito tensa o tempo todo. A maior parte da produção se passa dentro de um pequeno apartamento, com os personagens tensos tanto com o que ocorre do lado de fora quanto com o que rola dentro.
As atuações, em especial de Goodman, estão ótimas. Mary Elizabeth se sai muito bem como uma mocinha-que-não-quer-ser-princesinha-do-lar-porra-nenhuma e Gallagher Jr. é um oásis de surpresa (arrá!) nas nuances de um coadjuvante que quer ser protagonista. E falha miseravelmente.
E se prepara para os spoilers depois da imagem.
Destaque para as soluções da história como a contaminação radioativa como algo ocasional e o coquetel molotov que Michelle faz para se safar. Se Cloverfield era uma história bem amarrada e sem a obrigatoriedade de uma continuação, Cloverfield Lane torna uma sequência algo pra lá de esperado. Estarei lá para ver.
Nota: 9
Para quem curte inglês, vale a pena ver o vídeo abaixo, ESPECIALMENTE depois dos oito minutos e 22 segundos:
Ah e este outro aí, também na língua da rainha, listou os erros da produção:
https://www.youtube.com/watch?v=SzLBJS4cCZg
Discordo de algumas coisas do vídeo acima, mas é divertido. E o que vocês acharam?
Bugman gostaria de ter um bunker