Rapaz.
Não sei se vocês sabem, mas recentemente a Konami, empresa responsável por franquias como Metal Gear e Castlevania, anda bem mal das pernas. Ela afundou quase todas as séries pelas quais era responsável, passando por Contra, Silent Hill e até Bomberman, que ela adquiriu quando comprou a também japonesa Hudson. Hoje em dia só temos as séries Pro Evolution Soccer e Metal Gear, sendo que ela já demitiu o responsável pela última, Hideo Kojima.
A internet já estava meio desconfiada da situação da empresa antes, com a saída de figuras importantes e queda na qualidade de produtos, mas com a saída do Kojima as coisas desandaram. A Konami começou um ataque contra o próprio produto, Metal Gear Solid V: Phantom Pain, tirando o nome do estúdio do criador dos créditos e recusando comentar sobre o assunto. Além disso, ela se retirou da bolsa de valores de Nova York e ainda deve ter chutado alguns filhotes de panda no caminho, porque pra quê diabos não fazer isso.
Acontece que algumas novas fofocas notícias saíram esses dias. Primeiro de tudo, uma compositora dos três primeiros jogos da franquia Metal Gear Solid, Rika Munaraka, deu algumas informações sobre a saída de Kojima (você pode acompanhar o podcast no qual ela disse isso aqui, mais ou menos no minuto 35).
Segundo a moça, Kojima recebia apenas um salário sem participações nos lucros dos jogos, e estava gastando um puta caminhão de dinheiro aprimorando e melhorando o jogo, acabando por gerar atrasos. A diretoria da Konami começou a ficar meio puta, já que o atraso e possível queda nas vendas não afetavam o criador. Isso acabou gerando um mal-estar, assim como uma bola de neve que acabou na demissão do japa.
Vale notar que a Konami não estava em posição financeira agradável, e os gastos em Phantom Pain estavam altos demais para que um jogo da franquia Metal Gear pudesse, em condições normais, recuperar o investimento. Muito por causa disso uma parte do jogo acabou vendida previamente na forma de MGS V: Ground Zeroes, gerando algumas polêmicas nas interwebs. Além disso, o inconsciente coletivo dessa rede mundial de computadores aposta que os rumos da empresa mudaram depois que uma lei japonesa alterou a legalização dos pachinkos (um jogo de azar que parece um filho bastardo de pinball e slot machine), e videogames (com exceção da área mobile) acabaram perdendo o foco.
Só que o fundo do poço é mais embaixo. O jornal japonês Nikkei produziu uma matéria sobre a condição em que se encontram os funcionários da Konami e, bem, vamos dizer que existem formas de escravidão que são bem parecidas.
O acesso à internet na Kojima Productions, estúdio do Kojima (duh), foi cortado e apenas mensagens internas são permitidas. O atraso na volta do almoço gera humilhação pública, e câmeras monitoram cada movimento dos funcionários. Esses empregados não possuem e-mails de verdade, com exceção do pessoal de relações públicas, e mesmos esses são randomicamente alterados a certos intervalos de tempo.
Se acha que está ruim, se prepare para piorar: Se a empresa te considerar inútil (por exemplo, se você fica acessando o MdM toda hora para namorar nos comentários), você é temporariamente designado para trabalhos de segurança ou limpeza, incluindo nesse balaio até grandes produtores e figuras importantes. Inclusive, vários funcionários entraram em depressão por causa dessas filhasdaputagens. Houve até um caso em que um cabra saiu da Konami e publicou o ocorrido no Facebook, e todos os empregados que curtiram esse post foram convidados para a temporada de trabalhos braçais.
Tipo, caralho. Que tipo de demônio assumiu o comando da Konami? Não estamos falando de uma zoeira aqui ou ali, mas de ambientes de trabalho repletos de humilhação pública e degradação do estado mental dos funcionários. Desenvolvimento de jogos já é um trabalho estressante, agora imaginem nessas condições.
Enquanto isso, a Konami anuncia um jogo de Pachinko de Castlevania. Com esse trailer:
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=4Uk83ceNRo8]QUE OBRA DE SATÃ ESTÁ ROLANDO LÁ DENTRO?
