CinemaDC

As várias mortes dos filmes do Batman #1: Batman Unchained

Em mais um post “podia ter sido assim” sobre as várias adaptações que quase saíram, Como o Homem Aranha do James Cameron, Superman Lives, do Tim Burton e Justice League: Mortal, do George Miller (entre outras), vou aproveitar que ontem fez exatos 10 anos da estreia de Batman Begins e hoje faz exatos 20 anos que estreou Batman Eternamente para roubar a ideia de post do Hollywood Reporter iniciar (mais uma) série de posts sobre os filmes do Batman pré-Batman Begins que nunca saíram.

Depois do sucesso que foi Batman Eternamente (1995), a Warner estava confiante de que tinha outro hit nas mãos. Mas Batman & Robin provou que nem sempre a máxima “em time que está ganhando não se mexe” funciona – especialmente em Hollywood. O filme foi massacrado pelo público e crítica, e deixou a Warner numa sinuca de bico sobre o que fazer com o personagem, e por anos buscou os mais diferentes diretores com as mais variadas ideias para o personagem, até chegar ao Batman idealizado por Christopher Nolan em 2005.

As várias mortes dos filmes do Batman: Batman Unchained (também chamado de Batman: Triumphant)

Antes do desastre que Batman & Robin seria, Joel Schumacher já preparava para a Warner uma sequência para a cinessérie. O estúdio contratara Mark Protosevich – que havia feito um texto para o filme Eu sou a Lenda e, anos mais tarde, escreveria Thor para a Marvel Studios – para escrever o texto. Schumacher pensava num Batman diferente, mais psicologicamente complexo, algo que ele queria fazer com Batman eternamente antes da Warner “sugerir” (entenda: exigir) uma direção mais cartunesca que levou a Batman & Robin.

Os principais vilões seriam Espantalho e Arlequina, e George Clooney e Chris O’Donnel reprisariam seus papéis como Batman e Robin, respectivamente – mas nem sinal do retorno de Alicia Silvertone como Batgirl. Schumacher esperava que Nicholas Cage interpretasse o Espantalho e havia conversar para que ninguém menos que Courtney Love (ex-vocalista do Hole e ex-esposa de Kurt Cobain) vivesse a Arlequina.

Depois de se reunir com Schumacher, Protosevich se isolou para criar um roteiro, e terminou com um rascunho de 150 páginas do filme que ele chamou de “Batman Unchained”. O nome “Batman Triumphant” é frequentemente citado, mas o roteirista diz não saber de onde veio esse título. A base do roteiro era sobre Batman aprendendo a dominar seu medo e confrontar os demônios do seu passado. Parece interessante, hein?

Cada vilão odiava um aspecto do Batman; Jonathan Crane (Espantalho) queria vingança contra Bruce Wayne, enquanto Harley Quinn queria se vingar do Batman.

No filme, Arlequina é uma fabricante de brinquedos com uma personalidade levemente sádica que descobre que seu verdadeiro pai é o Coringa, o que a coloca numa trajetória de vingança contra Batman por ele ter matado o vilão. Espantalho iria descobrir a identidade do Batman e acabaria se aliando à ela para enlouquecer o herói e enviá-lo ao Arkham.

Imagens meramente ilustrativas

O clímax do filme seria uma sequência ambiciosa (financeiramente falando), cheia de estrelas que apareceram nos filmes anteriores do Batman, conforme o personagem os via numa alucinação sendo julgado pelos vilões que enfrentou no passado. A ideia era trazer Danny DeVito (Pinguim), Michelle Pfeiffer (Catwoman), Tommy Lee Jones (Duas Caras) e Jim Carrey (Charada) de volta para reprisar seus papéis vilanescos, culminando com o enfrentamento do batman com o Coringa em pessoa, Jack Nicholson – tudo isso aconteceria na mente do Batman.

No fim, Batman iria para Bali, onde Protosevich leu sobre monges que entravam numa caverna cheia de morcegos para dominar seus medos, e faria o mesmo que os monges. Arlequina, que no fim não era uma “má pessoa”, acabaria se redimindo.

Como eu gosto de dizer, em um universo alternativo, esse filme saiu. Mas será que ficou bom? Difícil dizer, apenas com o que sabemos do filme.

No próximo post da série, um filme do Batman que era mais do Robin que do Batman, e que tinha como vilão…O Morcego Humano!

Algures

Meu nome é Algures e tenho 41 anos (teria se tivesse vivo). Morri aos 13 anos tentando ouvir o Podcast MDM proibidão. Envie esse post para 20 pessoas para que eu possa descansar em paz. Caso não repasse essa mensagem, vou visitar-lhe hoje à noite e você vai se arrepender. Dia 15 de julho, Rafael riu dessa mensagem e 27 anos depois morreu em um acidente de carro. Não quebre esta corrente a não ser que queira sentir minha presença (atrás de você)

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo