Sim, só existe um tipo de pessoa retardada o suficiente para gastar horas e horas estudando a área de comentários do MdM e se disponibilizando a fazer uma análise socio-cultural disso. ESSA PESSOA:
Siiiim. Afinal, existe apenas um estagiário desse site que mergulha nessa área de gratuidade e namoro diariamente, e, principalmente, só tem uma pessoa envolvida com o MdM que garimpa essa zona que nem um arqueólogo em um banheiro romano.
E TALVEZ eu tenha feito esse post apenas para me defender das acusações errôneas de que estou sofrendo semanalmente pela leitura de comentários ruins. Irei provar que, na verdade, a culpa é do sistema.
COMECEMOS.
A Trilogia Clássica da Área dos Comentários
Bem, primeiro, devo dizer que não estava na área de comentários do MdM nessa época, então meus estudos são apenas teóricos e devem–
Hehehe, isso parece algo sério. Foda-se tudo, provavelmente vou falar merda, mas umas três pessoas no mundo podem me corrigir, então tô de boas.
É o seguinte, cambada. A zona que hoje se chama área de comentários tem sua trajetória semelhante ao próprio crescimento do blog. Seres estranhos se aglomeraram para falar de quadrinhos e outras inutilidades, e essa comunidade se tornou intrínseca ao que é o MdM.
O MdM sempre foi um site, digamos, mais acessível que o restante, seja por sua atitude de desleixo irônico ao mundo nerd, ou pela facilidade que os redatores descem as escadas para falar com o povão. Isso geralmente atrai idiotas de toda espécie, mas certos leitores se destacavam. Leitores ilustres como o senhor Hell, Nerd Reverso e Mallandrox subiram o escalão e se tornaram redatores.
Claro, a imensa maioria é de gente como a gente, e essas pessoas ajudaram a formar a notória área de comentários do MdM. Esse ecossistema se tornou cada vez mais complexo, o que nos leva ao próximo tema.
A Nova Trilogia da Área dos Comentários
Com o passar do tempo, vimos mais pessoas se destacando da área de comentários, mas, dessa vez, de forma separada. Inúmeros blogs cópias do MdM surgiram, vindo de “amizades” que surgiram no prostíbulo hoje alimentado pelo Disqus.
Nos comentários, contudo, vimos uma profusão de gratuidades, xingamentos, flashmobs, piadas e idiotices generalizadas, formando o que hoje chamamos de “Era de Prata” dos comentários. Toda essa bizarrice, exposta pelo MdM por causa das leituras de comentários e a baixa barreira entre redatores e comentaristas, acabou atraindo mais gente e mais idiotas, inchando os comentários que nem a zona da sua mãe.
Contudo, esse ecossistema pueril começou a se destacar do próprio MdM. Invasões, tretas e outros ataques de estrelismo marcaram essa fase, ao ponto em que a dança de cadeiras dos leitores se intensificou, com pessoas abandonando o blog e formando outros, ou simplesmente sendo bloqueadas até o esquecimento.
E teve muitos amiguxos se formando, zenti. Que lindo.
O Episódio VII da Área dos Comentários
Tudo bem. Hoje. O foco desse post.
Hoje vemos uma área de comentários bastante diferente de outrora. As gratuidades diminuíram, e as conversas paralelas cresceram. Hoje temos muito mais gente contando de suas próprias vidas, falando mal dos outros, a ponto do próprio post ser apenas uma área para comentários. Ou seja, o jogo virou, queridinha.
Essa independência gerou um ecossistema próprio, o que explica O MOTIVO DOS COMENTÁRIOS ESTAREM UMA MERDA. Entenda, eles continuam engraçados. Às vezes. Talvez. Só que há uma bolha de piada interna dentro da própria bolha de piada interna do MdM, e ela é ainda mais difícil de acompanhar do que a historiografia do blog. São poucos ouvintes que sabem do Wes, do Jão/Farendalf, dos 65 reais, sobre Alipiar, sobre os recordes de blocks do Nerd Supremo e do Trouxinha, de me perder como aliado, do Mark, tudo isso.
Isso torna mais difícil de fazer os comentários, mas é mais fascinante. É uma placa de Petri de trollagem e retartadice, e ela exige mais empenho. Vou tentar fazer isso na leitura de comentários, OU TALVEZ NÃO. AGUARDEM NOVIDADES.
Contudo, mesmo que seja diferente, a área de comentários ainda se destaca. Ora pelotas, temos o Ultra Badernista, que quebrou a barreira do Disqus e foi pro Twitter e pros vídeos do MdM no FIQ. Que blog convidaria leitores para um momento desses?
E, se você reclama, ajeite seu absorvente. Se existe uma região mais mutável na internet, é a área de comentários do MdM. Quem sabe o que nos aguarda?
Dor e raiva, provavelmente.
De qualquer forma, esse foi um post para homenagear esse recinto de estupidez que me fez virar estagiário e ganhar algumas amizades. Que todos vocês vão pro inferno, mas obrigado por ajudarem a montar esse post.
E até 2016, crianças. Feliz Natal e um 2016 melhor do que essa bosta de 2015.