Quem é velhaco aqui no MdM sabe que publicamos algumas vezes, há algum tempo, notícias relacionadas ao grupo One Million Moms (em inglês nórdico, Um Milhão de Mães). Esse grupo é uma ONG formada por mães estadunidenses cristãs que lutam em nome dos valores morais e familiares da grande mídia de entretenimento.
O novo alvo delas, agora, é a série Lúcifer, baseada na HQ da DC. Veja aí o que elas dizem em seu website:
Essa série vai focar em Lúcifer mascarado como um cara bonzinho, que ‘está entediado e infeliz com os Lordes do Inferno’. Ele abandona o seu trono e se aposenta em Los Angeles, onde ajuda o Departamento de Polícia a punir os criminosos. E, ao mesmo tempo, o anjo Amenadiel, emissário de Deus, é enviado a Los Angeles para convencer Lúcifer a voltar para o Submundo.
Para quem não se Lembra, a One Million Moms fez um grande lobby em 2012 contra a Marvel no casamento do Estrela Polar, pois a organização é contra a homossexualidade.
Olha, vamos lá.
Quando você vira pai e mãe, os instintos de proteger a sua prole é algo mais forte do que você consegue controlar. É foda mesmo. Se você não parar e se acalmar, você vai querer embalar o seu filho(a) em plástico bolha e deixá-lo o tempo todo dentro de casa, para protegê-lo de tudo o que você acha que vai machucar o seu filho.
E, quando você põe a cabeça no lugar e quando você pensa com lógica, você vê que tudo bem o seu filho usar o escorregador, o balanço… Tudo bem sair na rua quando está um pouco mais frio, tudo bem se ele comer um biscoito, de vez em quando uma batata-frita e por aí vai.
O problema é que, muitas vezes, esse eterno medo que os pais têm de sesu filhos se machucarem acaba cegando muita gente.
Um milhão de pessoas, se for nesse caso.
O site das Um Milhão de Mães bancam campanhas contra tudo que é da temática homossexual e qualquer coisa que vá contra o que a bíblia diz.
Basicamente, essa tirinha do Extra Fabulous Comics resume o modo delas pensarem:
Eu como pai sei que vai ser difícil afastar a Anderláine, minha filha, de todas as má influências da escola, etc. Mas cabe a mim fazer o meu melhor papel como pai para prepará-la a fazer as escolhas certas e éticas nos problemas que ela vai enfrentar pela vida – talvez a saída mais fácil seja ignorar os problemas de dentro de casa e forçar o restante do mundo todo a mudar (como a mãe do Kyle lááá na primeira temporada de South Park), mas na minha opinião eu acho que esse não é o caminho.
Enfim, é muita gente querendo cuidar da vida alheia quando não tá nem cuidando da própria vida…