O Grito, Guerra dos Mundos, Segredo de Brokeback Mountain, A Vila, Jogos Mortais e mais uma pitada de episódios verídicos do show business americano. Junte tudo isso e terá como resultado o quarto e último capítulo da trilogia Todo Mundo em Pânico. O filme está muito engraçado e garante boas gargalhadas, ainda que perca para os dois anteriores no quesito graça.
Seria mesmo esse o último capítulo da série? Não sei. Ao mesmo tempo que existe um nicho infinito de idéias para novos Todo Mundo em Pânico (haja vista a quantidade de filmes-pipoca produzidos todos os anos), as idéias parecem estar se esgotando e, em alguns momentos, assumindo características repetitivas.
A história entrelaça muito bem os filmes referenciados e traz participações especiais de artistas que são, literalmente, pesos pesados. Mike Tyson que o diga! O grandalhão faz, nesse filme, ninguém mais, ninguém menos que a boxeadora que mandou a menina de ouro para a cama de hospital. Além dele, Shaquille O’ Neal e o Dr. Phil McGraw, um famoso psicólogo americano, protagonizam uma cena de Jogos Mortais. Bill Pullman, Carmen Electra e Charlie Sheen completam o cast de participações para lá de especiais.
Fora isso, as atuações de Anna Faris, estigmatizada pelo papel de loira burra e Leslie Nielsen continuam impecáveis. Desta vez, o presidente dos EUA, interpretado por Nielsen, teve menos destaque neste filme. No entanto, o pouco que ele fez compensou tudo. Temos, também neste filme, Craig Bierko, que interpreta Tom Ryan, a contraparte de Tom Cruise em A Guerra dos Mundos. Bierko, apesar de protagonizar um dos personagens principais, não teve muitos momentos engraçados, exceto pelo momento que irei relatar no parágrafo a seguir.
As piadas continuam ótimas, com os mesmos pastelões bem sacados de sempre. O destaque vai para a piada que sacaneia os surtos de emoção de Tom Cruise no programa da Oprah, onde o ator pulava no sofá declarando seu amor por Katie Holmes. Eles fizeram uma exagerada versão desse surto, engraçadíssima. O que ele faz no trailer é apenas 10% do que ele faz no filme. Além disso, há algumas piadinhas que são passíveis de não serem entendidas, como por exemplo o momento em que Brenda está sonhando e fala “Cuidado! Russel Crowe com um telefone”, onde ela se refere a um episódio onde esse ator agrediu um recepcionista de hotel com um telefone. Acredito que o filme mais genialmente sacaneado nesse quarto episódio foi A Vila, especialmente nas cenas onde aparecia o mongolóide Ezekiel. A piada em cima de Brokeback Mountain, protagonizada pelos dois “niggaz” da série, também estava hilária.
Enfim, o filme vale a pena ser visto sim, ainda que não seja tão engraçado quanto os dois últimos. Conforme citei acima, acho que as piadas estão acabando. Acho que as cenas utilizadas como referência poderiam ter sido melhor exploradas… Por isso, minha nota será 7,5.