Pelo menos é o que o próprio diz.
Está para ser lançado (lá nos EUA, claro) este mês o mais novo livro de Stephen King, Revival. A história começa meio século atrás em uma pequena cidade inglesa, onde um padre bastante apreciado na cidade é acometido por uma tragédia e passa a amaldiçoar deus e zombar das religiões, sendo banido da cidade. Mais tarde, a vida do padre irá se encontra com um guitarrista que vive no excesso das drogas.
Bem, quem conhece as obras de Stephen King sabe que ele frequentemente cruza personagens e eventos de seus livros, como se tudo fizesse parte de um mesmo universo, coisa que também era recorrente nas obras de H.P. Lovecraft que envolviam os chamados “mitos do Cthulhu” ou os “grandes antigos”. Mas parece que agora o Stephen King vai além, incluindo os mitos do Cthulhu em seu universo, segundo entrevista dada pelo autor:
A inspiração [para a história] foi The Great God Pan, de Arthur Machen, que é uma história apavorante sobre o mundo que existe além do nosso. Eu também quis usar os Mitos do Cthulhu de Lovecraft, mas em uma nova roupagem, “despindo” a linguagem elevada do Lovecraft
Além disso, o livro tem sido comentado como tendo o “mais aterrorizante final de um livro do autor”, mas aí já é provavelmente mais marketing do que qualquer outra coisa. Enfim, eu sou um verme, e vou ler obviamente. Não que seja uma novidade King fazer referências aos mitos do Lovecraft, mas o que eu achei realmente bacana foi o interesse do King em incluir, em algum nível pelo menos, os mitos do Cthulhu dentro de sua história, talvez de forma um pouco mais explícita do que o que ele fez em Crouch End, por exemplo. O que, no mínimo, valerá pela curiosidade.