É acusação de plágio? Opa, peraê que é comigo mesmo!
Como todo mundo sabe, rolou lá na gringa este mês uma das mais importantes convenções de quadrinhos do mundo: falo da Montreal Comic Con, claro. Fora as atrações e eventos de praxe, o que ganhou destaque nessa convenção em específico foi uma treta envolvendo Arthur Suydam, conhecido como “O Rei dos Zumbis” (foi ele o capista de Marvel Zombies): segundo alguns artistas (e fotos), Suydam teria, assim, na mão grande, ocupado na Arts Alley três outras mesas além da sua própria, mesas estas destinadas a outros artistas. Quem primeiro deu o grito foi Jim Zup, quadrinista canadense com trabalhos pela IDW (Samurai Jack) e Dark Horse (Conan e Red Sonja): em seu Twitter, ele reclamou da situação e, como se fosse pouca merda no ventilador, falou que a organização não só da Montreal Comic Con como de outras “cons” América do Norte afora eram coniventes com o ego de Suydam, que rotineiramente se apossa das mesas dos coleguinhas. Entre os artistas atingidos dessa vez, Francis Manapul (Flash), que junto dos outros dois atingidos pela Copa (Rachel Richey e Dan Parent), acabaram sendo deslocados para outro lugar, dificultando a localização de suas mesas pelos fãs (já que isso cagou o mapa da convenção inteiro).
Numa mensagem de resposta (que o CBR publicou e depois retirou do ar por pedido da agente de Suydam), o “artista” afirmou que tudo não passou de uma cagada da organização do evento, e que se tornara esse quiproquó todo porque um artistinha canadense de meia-pataca ficou com invejinha do sucesso dos artistas estadunidenses e resolveu atiçar a massa acéfala da internet (é sério. Eu usei o tradutor de inglês nórdico, mas você pode ler a nota original aqui).
Até aí tudo bem, né? Seria só uma fofoquinha pro programa da Sônia Abrão, certo? Sim, certo. Mas eis que entrou em cena Erik Larsen, sim, ele mesmo, e postou estas fotos aqui, extraídas do site do próprio Suydam, mostrando como o Rei dos Zumbis é na verdade o Rei da Porra, a verdadeira autarquia das convenções:
Aí começou a zoeira: Larsen chamou atenção para a diferente iluminação das pessoas na fila, e para o quão patético era photoshopar sua própria popularidade – logo a internet fez sua perícia escrotizante, que o próprio Larsen divulgou:
Foi então que o caldo entornou: internautas começaram a questionar as habilidades desenhísticas de Suydam, fazendo comparações indecorosas de ilustrações dele com algumas fotografias interwebs afora.
Aí foi que a merda realmente bateu no ventilante, porque artistas renomados (além do Larsen) começaram a se manifestar, no que vem sendo chamado de “Tablegate”. Gente como Francesco Francavilla, Mark Waid e outros artistas menores, e todos a um só coro: o de que Suydam é um babaca, que ser escroto com os outros artistas é palavra de ordem e, no caso do Waid, que ele não quer nem trombar com o Rei dos Zumbis em convenções.
O golpe de misericórdia, porém, foi dado por ninguém menos que Bill Cincoevinte:
E aí? Cara, que babaca manelão! Não basta o cara ser escroto, babaca. ocupar espaço dos outros na tora, jogar a culpa na organização do evento (de todos?), de ganhar prêmio com base em passar por cima (porra, esse Deadpool com corpo de bonequinho tá pra lá de tosco), ainda me vem copiar um artista iniciante e desconhecido como o Bill Cincoevinte (sim, eu tenho preguiça de ficar colando pra escrever o nome dele)… Porra, diz aí o que esse filho da mãe merece, Away: