Recentemente, aliás, imediatamente após o anúncio do elenco principal do filme do Esquadrão Suicida, que será dirigido por David Ayer, começou-se as especulações sobre quem seria a Amanda Waller. A lista boatada tinha Oprah Winfrey no topo, seguida de Octavia Spencer e Viola Davis. Geral se animou, imaginando que a Warner deveria seguir com a Amanda Waller que vale, ou seja, a mulher fora de “forma”(ou pelo menos fora da forma que é considerada estar “em forma” – vocês entenderam) o que, num mundo de super-heróis que também são, visualmente, supermodelos, é uma caracterização mais interessante e realista, além de ter se tornado característica marcante da personagem. MAS agora o Latino Review divulgou (então provavelmente é verdade, por que esses filhos da puta sempre acertam) quem será sua Amanda Waller: Viola Davis (vista atualmente na série How to Get Away With Murder).
Mas o que há de errado com ela? Bem, nada, na verdade, ela é inclusive uma ótima atriz, e estava entre as 3 boatadas para viver a personagem. o foda é que, mais uma vez, eles foram pela escolha fácil e escolheram alguém magra e “em forma” para o papel (ou pelo menos assim a atriz está atualmente).
Vai ser a QUARTA encarnação live action da personagem (Pam Grier, Ângela Basset, Cynthia Addai-Rosbinson e agora Viola Davis) e, embora tentaram dar uma enganada engordando a Pam Grier (que fez a Waller em Smallville), nenhuma delas chegou perto da caracterização visual da Amanda que vale. Sim, é verdade que a Waller dos Novos 52 agora também é uma “supermodelo”, mas considerando que Geoff Johns havia dito que as histórias do John Ostrander eram a referência para o filme, esperava-se que para os personagens a coisa seguisse a mesma linha.
É claro que sempre tem aqueles que vão vir com coisas como “Ah, mas você não sabe se ela não vai fazer uma dieta para ficar na forma mais rechonchuda da Waller” ou “o que importa é se a atuação e a história são boas”. Realmente, não sei. Mas, como protagonista de uma série bem sucedida no momento, difícil que ela fuja muito da forma em que ela já aparece na série. E teria sido tão mais fácil contratar alguém que, além de boa atriz, já tivesse os requisitos físicos. E, realmente, se a história for boa, o resto é mais fácil de digerir. Mas para mim transformar a Amanda Waller numa agente mais “elegante” (como diria Zack Snyder) é simplesmente descaracterizar a personagem da mesma maneira que seria mudar a etnia ou o gênero dela, por exemplo.
No fim das contas, como o filme vai sair mesmo, este post vai soar apenas como reclamação de fanboy que não gosta de ver mudanças nos seus personagens adaptados para live action. Mas levaria muito tempo para tentar explicar por que esse tipo de escolha é viciada e terrivelmente contraproducente.