Em uma cidade sem nome, policiais já se acostumaram a conviver com seres superpoderosos, mas não a enterrá-los. Quando a primeira e maior heroína da cidade Garota Retrô, surge assassinada em um beco imundo, o policial Christian Walker e sua nova parceira Deena Pilgrim precisam encontrar o culpado. Wlker porém, precisa superar seu envolvimento pessoal no caso.
Os desenhos de Michael Avon Oeming são muito bons, lembram uma animação de Paul Dini, mas ainda assim têm sua própria originalidade. Destaque para o excelente uso de sombras e contrastes de seu parceiro, o colorista Pat Garrany. O estilo de Oeming casa bem com uma história que trata de um universo exclusivamente humano, mas que lida com super-heróis de forma direta, mesmo que suas questões tratem muito mais da forma como os humanos vêem os superseres.
Nesta cidade, os super-heróis são como ídolos do rock e sabemos muito bem quem sempre mata ídolos de rock…Além disso, “Garota Retrô” é uma super-heroína que já começa a história morta. Essa Brás Cubas super-poderosa é uma referência clara aos heróis da era de ouro. Ao fim da revista, perceba que esses heróis “morreram” pelas mesmas razões que a heroína.
Quanto a Bendis, o de sempre. Powers segue uma linha semelhante a Top 10: Contra o crime de Alan Moore, mas se limitando a ser uma história de suspense e mistério. referências como a aparência do principal assassino (que lembram bem um certo sonhador…) enriquecem a história, mas não fogem do clima noir do roteiro. Se Sin City é a estética noir em quadrinhos, Powers é o próprio clima desse gênero nos gibis.
Powers: Quem matou a Garota Retrô? merece um 10 redondinho!
A impressão da Devir é de alto padrão o que não justifica o alto preço da revista. Powers custa R$40,00 e mesmo sendo uma história de Bendis com impressão sofisticada, acho que dificilmente alguém pagaria um preço tão caro.
Blogman dedica este post a Brian Bendis