Quadrinhos

O Super do Azzarello


Tenho aqui em minhas mãos as seis primeras edições do arco que Azzarello escreveu do Super-Homem chamado “For Tomorrow”. Acabei de terminar a edição #210 da revista Superman. Azzarello é um cara maneiro… Todo mundo aqui leu 100 balas? Do cacete, não é? Enfim, o escritor sempre deixou claro que odeia super-heróis, mas mesmo assim se aventurou no mundo dos supers.
A primeira história que li do Azzarello escrevendo um herói foi “Banner“. O escritor mandou bem em sua mini do Hulk… Mesmo partindo do lugar comum, Azzarello fez uma das melhores histórias do verdão que já li.
Logo em seguida pude conferir “Cage“, a interpretação que Brian Azzarello fez do herói de aluguel para o selo Marvel MAX. Muito divertido, vemos pela primeira vez um herói negro bem representado no mundo dos quadrinhos. Recentemente saiu aqui no Brasil o arco que Brian escreveu do Batman. Azzarello nos mostrou o melhor morcego de todos os tempos: um herói frio, calculista, violento e filhodaputa acima de tudo. Um dos arcos mais divertidos do batman que já li.
Mas não vamos esquecer: Batman, Luke Cage e Hulk não são heróis.

Eis que a DC anuncia a reformulação do Super-Homem, com uma nova origem e troca das duplas de doises criativases das revistases. Azzarello, junto com Jim Lee, assume a revista “Superman”, em sua edição 204. Brian estaria escrevendo o maior herói pop de todos os tempos junto com um desenhista que também é pop ao extremo…
Bem, eu li as seis primeiras edições e tenho três palavrinhas que as resumem: chato prá caralho! Putaquepariu, Azzarello… Sem sacanagem, parece que ele escreveu esse arco de muita má vontade. Meu deus… tem muita falação que não leva a lugar nenhum… O Super tá incrivelmente chato!!!
A revista não te empolga em nenhum momento. Os diálogos entre o Super-Homem e o padre Daniel não cumprem a premissa que Azzarello queria passar: a do papel do Azulão como um deus e seus problemas por causa disso.
Achei fraquíssimo o arco, mas os 342 fãs do Azulão espalhados pelo mundo inteiro vão se amarrar.
Última consideração: ainda afirmo que o Super não precisa de algo sério assim. Eu queria ver muito um clima mais light e divertido nas histórias do Clark. Clima que poderia ser facilmente garantido pelo Peter David, que estava disponível na época da tal reformulação…

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