Se você já foi ao FIQ, possivelmente já esbarrou com Estevão Ribeiro. Se vai ainda, procure o cara. Além de ser um baita sujeito, ele está lançando no Festival Internacional de Quadrinhos mais um excelente livro: Futuros Heróis.
Você não leu errado, estou falando de Futuros Heróis, continuação da premiada Pequenos Heróis, que homenageava os super-heróis da distinta concorrência.
No novo álbum, Estevão Ribeiro apresenta uma visão inocente porém icônica de alguns dos maiores super-heróis do planeta, desta vez da editora Marvel, – Homem-Aranha, Namor, Homem de Ferro, Quarteto Fantástico, Hulk, Wolverine e Demolidor.
Assim como no livro anterior, o autor contou histórias de crianças comuns, com problemas como todas as outras, mas que procuram fazer o melhor a qualquer custo. Seja para defender um amigo, como em o Cara de Lata, ou um “inimigo”, como em Um Garoto com Garras. São pequenas histórias baseadas nos ótimos exemplos que aprendemos ao longo dos anos com os gibis de super-heróis e que foram se perdendo com o tempo. Maldita necessidade de se contar cada vez mais HQs com personagens estúpidos cheios de bolsos, ombreiras e outras baboseira que inundam páginas e páginas de gibis desde os anos 90. Enfim, vale muito a pena ler Futuros Heróis.
Para está bela homenagem à casa das ideias, Estevão contou com a parceria de muita gente talentosa. Os destaques, para mim, foram a dupla Paulo Crubim e Cristina Eiko, responsáveis pela arte de O Menino Submarino, Caio Yo e Jânio Garcia, artistas de Cara de Lata, Leo Finocchi, em Fantástico Domingo, e por fim, Raphael Salimena, o rabiscador de Uuaaaaaahhhhh. Todos excelentes em suas particularidades. O ponto destoante ficou sob a assinatura do quadrinista Mário César, que não só fez a arte menos caprichada do álbum, como é o roteirista da história menos atraente de Futuros Heróis, a homenagem ao Demolidor, Justiça Cega.
Para reclamar mais um pouco, ainda estou sem entender porque diabos a HQ mudou de nome e formato. Além de não ser mais chamada de Pequenos Heróis, a nova editora da série mudou o formato do álbum. Dá só uma olhada na foto.
Mancada. Como um bom nerd, meu primeiro pensamento foi bastante contrário à mudança e pensei seriamente em não comprar. O problema é que, no geral, o álbum é ótimo e vale cada centavo que pedirem para você – perguntem para o Estevão lá no FIQ quanto custa. Comprem que a nota é 9.