Mancha Solar traiu o movimento, véio

Escuta, personagens brasileiros são uma coisa bem rara nos quadrinhos. Geralmente temos um ou dois em cada editora, e eles têm nomes espanhóis, falam espanhol, moravam na mata, na praia ou na favela e ficam na geladeira dos quadrinhos.

Contudo, teve um personagem braziliano que pegou um pouco de atenção recentemente, o Mancha Solar.

(Não que tenha adiantado muita coisa, porque não tem como achar uma imagem dele no Google de tamanho aceitável e que não seja do filme, né).

Acontece que Roberto De La Da Costa teve algumas aventuras nos últimos anos. Ele chegou a ser o Rei Negro do Clube do Inferno, membro dos Vingadores, comprou a IMA e organizou a própria formação dos Vingadores. Só que agora ele comanda uma equipe chamada U. S. Avengers, que se traduz como E. U. Aqui estão os Vingadores.

Mas como caralhos um cara brasileiro comanda uma equipe ultra patriótica que faria o Trump derramar lágrimas de alegria? Bem, acontece que revelaram que o Mancha Solar sempre sonhou em ser americano, desde que viu… Magnum.

Sim, ele decidiu ser americano (enquanto trajava uma camisa da seleção com o número inexplicável na frente da porra da camisa) enquanto via o bigodão do Tom Selleck, porque estava cercado pelos amigos em território americano e, puxa vida, a América é bem legal. Viva a América.

E não apenas ele, como metade da nova equipe.

Olha, dá até pra entender a pegada dessa nova revista (que agora tem um novo Hulk Vermelho em outro general americano, porque era disso que precisávamos), que os imigrantes não devem sofrer preconceitos e que eles são tão parte do país em que estão quanto os que nasceram lá. É uma mensagem maneira.

Mas porra, todo mundo tem que ser meio americano pra isso e segurar a bandeira americana para aceitar a diversidade de nacionalidades? Os Estados Unidos são a capital do mundo por acaso?

(Talvez).

Bem, talvez eu possa estar exagerando patriotica-anti-imperialisticamente nessa história do Mancha Solar dar as costas pra metade brasileña de sua cidadania, mas talvez seja porque agora a Fogo é a segunda personagem brasileira mais importante, atrás do Blanka.

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