Má então, nerds que esfolam a pelinha… Como sabem a DC vai reformular toda sua linha editorial depois da saga Convergence, com novos títulos e novas equipes criativas (até gravamos um podcast sobre isso), e no meio de todas as solicitações a galera ficou se perguntando se isso era um novo reboot, se teríamos uma nova cronologia, se teríamos os heróis antigos de volta… E no meio de tanta perguntaiada eis que Jim Lee e Dan Didio, os atuais picas das galáxias da editora foram ao Newsarama falar um pouco sobre como será a nova DC Comics…
Jim Lee disse que a partir de junho eles estarão atualizando a linha de HQ de moado seletivo… Teremos 25 títulos seguindo uma cronologia e coexistindo dentro de uma mesma realidade, e cerca de outros 24 títulos sem essa preocupação, com liberdade criativa pra “agitar um pouco as coisas” segundo o Japa da Coréia.
Títulos velha guarda como Batman , Superman e Liga da Justiça vão continuar sua cronologia, mas com grandes mudanças prometidas em todos os três, incluindo um “all-new Batman”, que aparece o “Batman Coelho” que o Change mostrou ontem pra vocês e o título ainda terá presenças de outros personagens como Harley Quinn , Mulher Maravilha , Lanterna Verde e outros.
Lee diz que há muito entusiasmo sobre os novos títulos com diferentes pontos de vista, como We Are Robin (uma “irmandade” de Robins), Prez (sobre um adolescente eleito Presidente dos Estados Unidos), e Bizarro (um título dedicado a cópia imperfeita do Superman).
A DC vai dar aos leitores uma amostra grátis de todos os títulos, teremos 8 páginas de cada um dos 49 títulos disponibilizados em maio como páginas adicionais dos títulos mensais… As 8 páginas também serão disponibilizadas gratuitamente através do site da DC e parceiros digitais, como ComiXology no Free Comic Book Day, com revistas grátis compostas de três histórias de 8 páginas.
Dan Didio disse que as revistas do Bátema, Superman e Liga da Justiça vão mudar radicalmente o status quo dos personagens e do grupo, inseridos na mesma cronologia.
Jim Lee completou dizendo o seguinte:
Nós estamos realmente pedindo aos criadores pra colocar a história e o personagem em primeiro lugar, e realmente o foco estará no cânone, em vez da continuidade cronológica. Ao se concentrar no cânone, que é o que realmente importa nas histórias, esperamos levar o que de melhor existe em cada personagem pra desenvolvermos as melhores histórias. Esta é uma tentativa de re-focar a linha,e deixar as equipes criativas contar suas histórias sem necessariamente estarem limitados pelas restrições de continuidade.
Já Didio disse o seguinte:
Os exemplos perfeitos são, se você olhar para algo como Cavaleiro das Trevas ou Reino do Amanhã , que estavam fora da realidade de nossas histórias normais… Essas histórias se tornaram tão poderosas que começaram a trilhar seu caminho para uma continuidade própria.
Nós ainda temos um universo compartilhado, ainda temos um espaço compartilhado onde esses personagens podem interagir. Mas o objetivo principal é permitir que cada um desses personagens possa existir por conta própria, construir seu próprio senso de história, o seu próprio senso de direção, os seus próprios moldes de apoio, e os seus próprios públicos . E quando você faz isso, você constrói uma base muito mais forte para o Universo DC, e, finalmente, o que acontece é que quando você começa a ver o que funciona, você pode trazer o público e os conceitos juntos para expandir e desenvolver essa cruzada.
Didio ainda ressaltou que a iniciativa de contar com autores vindos de outros projetos autorais era justamente desafiá-los a escrever coisas novas, sair daquela homogenização que mesmo inconscientemente se cria quando se trabalha tanto tempo dentro da mesma fórmula… Ele quer ver a galera nova escrevendo com gana, com paixão e que ver o entusiasmo dos autores é algo que os deixa muito satisfeitos.
Eles terminaram dizendo que as histórias do Batman se desenvolverão dentro dos títulos do Bátema, as do Superman dentro da revista do Superman e a Liga da Justiça, apesar e ter alguns one-shotes e a saga Darkseid War ecoar um pouco pelos outros títulos, não vai ser nada comparado com as megassagas vistas até agora, e reiteraram que criar histórias que se alastram para uma infinidade de revistas é a última coisa que eles pensariam em fazer com essa nova iniciativa mais autoral.
O que eu acho? Caras, isso aí era praticamente tudo o que os nerds vinham pedindo desde que a sequência infindável de megassagas começadas 10 anos atrás com a Crise Infinita engatou uma megassaga no rabo da outra até os Novos 52.
Mas vale lembrar que a proposta inicial dos Novos 52 também era essa, de termos histórias autocontidas em pequenos arcos e isso até aconteceu durante algum tempo, mas logo as amarras cronológicas começaram a ditar os rumos do novo universo e as porras das histórias compartilhadas voltaram. Vamos ver se essa reformulada nos títulos nos traz coisas boas, e que sejam mais do que uma meia dúzia de títulos num universo de 50 como foi nos Novos 52.