CinemaPeitinhos

Iremos voltar pra DUNA outra vez?

1976u3o6uj2okjpg

Olar, lembram de mim? Agora que finalmente este virou o país do Comunismo & Caratê, o Mdm voltou a ser um safe space para eu postar (mentira, eu andarra com preguiça mesmo).

E para eu voltar, nada melhor do que falar do que é provavelmente a minha série de livros favorita: Duna. E a notícia é bem simples: A Legendary Pictures, produtora de filmes de todo espectro de qualidade, desde a trilogia Bátema do Nolan até Jack o Caçador de Gigantes, passando pelo novo Godzilla, adquiriu os direitos para uma mais uma adaptação cinematográfica de Duna da família do finado Frank Herbert.

Não Não, me refiro a outra obra com dunas baseada em livros

Os mais leite com pera entre vocês (ou mais ignorantes mesmo) já devem estar se perguntando “Pourran Mácimo, quem é Duna na fila do pão?”. Pois bem, explico: A série de livros Duna, escrita em 65, conta a história da guerra de poder sobre o planeta Arrakis, que também é conhecido como Duna, o único planeta no universo onde existe a especiaria melange, que é essencial para viagens interplanetárias (além de outros efeitos maneiros). No universo conhecido rola uma espécie de feudalismo galático, e acompanhamos a briga entre duas famílias rivais, onde, como de praxe quem se fode é o povo (neste caso, os fremen, que são uma espécie de beduínos badass motherfuckers dos desertos de Duna).

Nesse background rola uma história que mistura intriga política, guerras, misticismo, messianismo, luta contra a predestinação, sacrificio pessoal, ambientalismo e o que provavelmente é um dos mais bem construídos mundos do Sci-fi (a série se passa cerca de 10mil anos no nosso futuro, e as explicações sobre como a humanidade chegou até este ponto e o porquê das tecnologias são muito boas). Ou seja, uma mistura de Star Wars com Game of Thrones, pra você que só consegue pensar em termos de analogia.

(Ou essa explicação do ator principal da primeira adaptação pra você que só consegue pensar em termos de emojis)

Duna já foi adaptado para as telas duas vezes, uma como o bizarro filme do David Lynch (que vinha com um livrinho pra explicar o background antes do filme começar) que mais parece uma colagem de cenas desconexas do primeiro livro, e a adaptação do Sci-Fi Channel (hoje SyFy. Aliás, que nome de merda hein), que apesar de fiel aos acontecimentos dos livros, é extremamente superficial na abordagem dos temas, sendo uma adaptação sem alma (tipo uma certa adaptação de uma certa obra de um certo inglês barbudo).

 

Anteriormente a estas duas adaptações, Duna também foi quase adaptado pelo Alejandro Jodorowsky, diretor “psicodélico” de filmes como El Topo e a Montanha Sagrada. Esta adaptação era um projeto absurdamente foda em escopo e nos nomes incluídos no projeto: Além do Jodorowsky, os storyborads foram feitos pelo Moebius, que depois trabalhou com o próprio Jodorowsky em Incal e na Casta do Metabarões, que bebem muito das idéias de Duna (e provavelmente foi uma maneira de não jogarem fora o trabalho que já fizeram.

mobiues_jodorowskys_dune_00 ddf4229eb170e50f18435a06b8a9a5ad

O design de arte foi feito pelo então jovem H.R. Giger, que é conhecido da nerdaiada por ter por ter feito designs para filmitos como Blade Runner e Alien

Ei, acho que te conheço de algum lugar.

Além da presença do Orson Welles como Barão Harkonnen e do Salvador Dhali como imperador, e do filho do próprio Jodorowsky como ator principal (porque no fim o nepotismo sempre vence, hauhauahuahua).

Os detalhes sobre esta produção podem ser vistos no excelente documentário Duna de Jodorowsky. A influencia desta não-produção pode ser vista por toda a cultura pop dos anos 70 em diante, inclusive com certos filmes passados numa galaxia muito, muito distante, que são visto por muitos (na verdade por mim) como uma versão emburrecida baseada nos designs de produção de Duna.

Sério, é até fácil ver os paralelos: Planeta deserto, ordem antiga e mistica (os Jedi são basicamente as Bene Gesserit sem explicações), império galático, lutas majoritariamente com armas “brancas” (que em Duna são bem melhor explicadas que os sabres de luz devido a existência dos escudos pessoais), entre muitas outras.

Se ainda não convenci você a ir atrás dos livros, você deve achar bom porque tem umas minhocas enoooooooormes (ui!)

Além disso, a série tem vários momentos onde podem rolar uns peitinhos.

DUNE, Sting, 1984
DUNE, Sting, 1984

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo