HQs clássicas do Homem-Aranha


Em sua longa carreira, com vários títulos, mini-séries e edições especiais, o Homem-Aranha já teve diversas histórias memoráveis. Mas cada leitor tem aquela história que considera a mais marcante, por diversos motivos (que nem sempre são relacionados à qualidade da história).

Nós do MdM resolvemos comentar rapidamente a história do Amigão da Vizinhança que ficou marcada na lembrança de cada um.
Concordam com nossas escolhas? Discordam? Querem citar outras? Os comentários estão aí pra isso.

Ultrablog – Homem-Aranha Azul


Homem-Aranha Azul é lindo demais! Jeph Loeb e Tim Sale em poucas páginas fizeram até os nerds de coração mais gelado chorar. Para quem não lembra, Peter passa a história inteira relembrando os bons momentos que teve com Gwen Stacy. Com isso, Loeb ensina um pouco pros leitores de HQ como se supera a perda de alguém querido, levando consigo, sempre, as coisas boas. Ah, e essa foi a primeira HQ que fiz a patroa ler! Tem isso, também. Vai teia!!!!

Bugman – A Morte do Duende Verde


A Morte do Duende Verde encerra uma longa trajetória não apenas do segundo Duende Verde, mas também de seu alter ego Harry Osborn. Diferente de Norman Osborn, Harry nunca foi uma personificação do mal e sim um inocente seduzido por ele. Nessa dualidade, a história – que não é sobre o Aranha e sim sobre o vilão – mostra como Harry é capaz de escolher entre o bem e o mal e entre Peter e o Homem-Aranha. “Ora, Peter. Porque você é meu melhor amigo.” É de chorar efusivamente.

Mallandrox – Homem-Aranha nunca mais!


A verdade é que o Homem-Aranha não possui muitos clássicos, apesar de ser um personagem de grande escala. Por quê? Oras, porque ele já possui um clássico absoluto chamado Homem-Aranha Nunca Mais! de 1967, e qualquer tentativa de superá-lo será em vão. Stan Lee e John Romita, a melhor dupla criativa do Cabeça de Teia, quebraram um tabu na época mostrando Peter Parker cedendo à pressão e desistindo de seu alter ego fantasiado, algo que depois seria usado e desgastado constantemente na história dos quadrinhos. Mais que uma HQ, um ensinamento sobre não se abalar com desavenças da vida e sempre se levantar depois da queda.

Nerd Reverso – A Conversa


Apesar das diversas sagas e edições especiais, a história que mais me marcou foi uma edição fechada da fase Straczynski/Romita Jr. chamada “A Conversa”, onde Peter finalmente conta para a Tia May que é o Homem-Aranha. O que poderia ser uma história monótona de duas pessoas conversando vira uma aula de narrativa, com cada linha de diálogo escrita por JMS transbordando de significado, lembrado o leitor das décadas de histórias envolvendo o segredo de Peter, enquanto a arte do Romitinha cria um ambiente extremamente tridimensional do pequeno apartamento do Peter e enche as cenas de pequenos gestos e ações que tornam tudo ainda mais verossímil (mesmo no seu traço estilizado). Essa é uma história que demorou 40 anos para ser (bem!) contada e que no fim deixa o leitor com uma sensação de alívio e um sorriso no rosto.

Parcipação Especial: Spider – Homem-Aranha e Tocha Humana


Escolher a melhor história do Homem-Aranha é uma tarefa difícil. Na minha opinião, toda a fase escrita por Stan Lee e desenhada por John Romita é formada pelas melhores histórias de todos os tempos. Lá está toda a essência do que é ser o Homem-Aranha. Mas acredito que falar de Stan Lee e Romita seja meio hors-concours. É excepcional e ponto final.
Nos dias atuais, uma história que se aproximou daquele espírito da época da dobradinha Lee/Romita foi a mini Homem-Aranha e Tocha Humana. Escrita pelo genial Dan Slott e publicada pela Panini na revista Marvel Apresenta #21, a mini conseguiu trazer todo aquele clima de nostalgia, humor e, principalmente, a simplicidade da época de Stan Lee. A maioria dos roteiristas atuais se esquecem que a essência do Aranha está nas histórias simples, cotidianas, mostrando a vida de um cara cheio de problemas que, por acaso, tem poderes. Dan Slott soube valorizar bem esse clima, além de mostrar a grande amizade entre Peter e Johhny Storm. Resumindo: tá aí uma história que merece ser lida.
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