Escolhido o Jimmy Olsen da série da Supergirl (e vai ter gente bolada!)

Bem, como vocês devem estar sabendo, a CBS encomendou uma série da Supergirl pelos mesmos criadores de Arrow e Flash, que agora começa a escalar seus atores. Depois de Melissa Benoist ter sido anunciada como a personagem título (“personagem título” é modo de dizer, já que a série ainda não tem título definido, e pode não ser “Supergirl”), agora é Jimmy Olsen quem tem seu ator anunciado: Mehcad Brooks.

Quem é Mehcad Brooks? Não faço a menor ideia, mas a notícia dá conta de que ele é mais conhecido pelas séries Desperate Housewives e True Blood. Além disso, o personagem é descrito como “um esperto fotógrafo da CatCo, a empresa de mídia onde Kara [A Supergirl] trabalha. Ele recentemente tem vivido e trabalhado em National City, embora os motivos ainda são segredo, e rapidamente chama a atenção de Kara.”

Querem apostar quanto que esse “mistério” a respeito dos motivos de Jimmy ter saído de Metrópolis para ir para a cidade da Supergirl é por que o Superman pediu para ele ir para lá “ficar de olho” nela?

Bem, sobre a escalação, vai ser a mesma coisa de sempre quando escalam um ator negro para o papel de um caucasiano, ou seja, um monte de fanboy criticando a decisão tentando ser o menos racista possível – e não conseguindo. Mas é algo que os estúdios têm feito com certa frequência agora (vide o Tocha Humana do novo Quarteto, a Íris West da série do Flash e o Perry White de Man of Steel), embora isso não seja lá uma novidade. Pouca gente parece lembrar que Pete Ross, em Smallville, foi interpretado por um ator negro também.

Depois, é sempre bom lembrar que personagens de quadrinhos NÃO SÃO REAIS. Eles foram inventados, sabe, então não existe isso de “fidelidade” quando o assunto é a parte visual. O que importa é a “essência” do personagem, ou seja, o que faz ele ser interessante. E defintivivamente no caso do Jimmy não é como ele aparenta (gravata borboleta, sério?).

De qualquer maneira, é ótimo que os estúdios estejam começando a entender que não são só brancos heteros e cristãos que assistem TV.

P.S.: Para uma boa alegoria a respeito desta questão da uniformidade na mídia (e na vida), recomendo ver um filme chamado “A vida em Preto e Branco”). É simples, mas toca em temas muito interessantes, relacionados direta ao indiretamente, a essas picuinhas de fanboy por conta da mudança de etnia de personagens. Fica a dica.

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