Entendendo Gibis Com Um Idiota: A Era Krakoa (Parte 1)

Não matarás, reciclarás e farás surubas

GIBIZINHO.

É muita coisa? É muita coisa mesmo, 500 quadrinhos saindo por mês, histórias de anos rolando que nem bolas de neve ou outra analogia mais tropical para nosso país, muito personagem morrendo, ressuscitando, terminando, virando outro. Como se manter atualizado? Quem seria idiota suficiente de tentar se manter atualizado em hominho de collant no ano do Nosso Senhor de 2023?!

Caham.

Eu sou esse idiota, e vamos começar essa possível série de posts falando dos X-Men, da fase Krakoa e o motivo pra você ficar acordado e distraído no meio de um podcast 1h30 da manhã porque spoilers do último Baile do Clube do Inferno saíram e não há mais espaço na sua cabeça para outra coisa.

Ah, e é importante dizer que estou fazendo tudo isso de cabeça, e não estou muito interessado em reler histórias pra isso. Foda-se, né, são só gibis.

Enfim, comecemos com os dois gibis que mudaram toda a cronologia dos mutantes… Dinastia X e Poderes de X, escritos pelo arquiteto dessa nova fase: Jonathan Hickman.

DINASTIA X e PODERES DE X

Então, essas duas minisséries são o começo da fase Krakoa, e são suficientemente isoladas cronologicamente para qualquer leitor novo pegar e entender. Falando a verdade, a única coisa que você precisa saber antes dele começar é que a Jean Grey está viva de novo, e que o Anjo tem os poderes de quando ele era um cavaleiro do apocalipse de novo. O resto dá pra entender SE VOCÊ NÃO É BURRO.

Agora, o que é necessário saber desses gibis, caso você não queira ler? Vamos começar com Poderes de X, que… tem só umas duas coisinhas relevantes para a história, visto que é uma minissérie falando sobre a luta dos mutantes num futuro possível. A primeira é a introdução de Rasputin IV e das quimeras, mutantes geneticamente modificados para ter poderes de outros mutantes. No caso da Rasputin IV, ela tem os poderes do Colossus, da Kitty Pryde, do Quentin Quyre, da Wolverine e do Unus, o Intocável. Guarde esse nome para um post futuro. 

A segunda coisa relevante é que as máquinas são agora consideradas o verdadeiro inimigo da raça mutante como próximo passo da humanidade. Sim, robôs. Inteligência Artificial. Imagina só, que loucura.

Enfim, a real mudança no status quo dos X-Men vem de Dinastia X, que começa com um retcon: Moira McTaggert é na verdade uma mutante com o poder de migrar para outro universo toda vez que morre, mantendo suas memórias da vida passada. Ao descobrir isso na segunda vida, ela começa a tentar fazer os mutantes não morrerem horrivelmente, mas ela falha em todas as tentativas de uma forma ainda mais horrível porque, yei, gibis. Inclusive, ela descobre que, aparentemente, ela possui apenas 10 usos desse poder.

Na sua décima vida, que chamaremos de Moira X (HAHA X = 10 HAHA X-MEN HAAAAA), ela acaba confessando seus poderes e seu conhecimento para Xavier e Magneto, que decidem uma última abordagem para salvar suas raças: os mutantes agora irão viver juntos, unidos, e usando seus poderes para desenvolver uma nova sociedade separada dos humanos.

E o que você precisa saber dessa nova sociedade?

E, essencialmente, essa é a mudança de status quo dos mutantes. Eles são imortais, tem uma nova sociedade com todos os heróis e vilões, um novo papel no mundo, e tudo isso dá margem para muita história boa ser contada. Agora, a maior parte dessas histórias é boa?

Sim. E eu trocarei socos com quem pensar diferente.

Enfim, o que eu quero dizer é que gosto muito desses conceitos. Não apenas a imortalidade rouba do escritor o recurso de apelar para mortes chocantes quando a história está ruim, como altera a percepção dos próprios personagens sobre suas próprias vivências, algo que, por incrível que pareça, será explorado no futuro.

Além disso, eu também gosto muito do conceito de circuitos mutantes, abordado nos Cinco e, em certa parte, nas quimeras, fazendo poderes diversos trabalharem em sincronia de forma exponencial. Exponencial, inclusive, é uma boa palavra para descrever essa fase, e ela permitiu que personagens antigos e esquecidos pudessem ser usados por todo mundo. Muita coisa diferente pode acontecer a partir de agora.

Falando nisso, seguindo essa nova fase, os seguintes gibis foram lançados: X-Men, Novos Mutantes, Excalibur, Fallen Angels, X-Force e Carrascos. Mas isso fica prum próximo post que já tô aqui há meia hora e vocês não merecem tanto esforço, beijooooooos.

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