Então viadaiada… Desde que pintou na net o primeiro trailer do novo Robocop, batutado por José Padilha, muita gente mimizou nas redes sociais que o novo filme estava pegando leve na violência, que estava mais politicamente correto, que era PG13, e que por isso era uma bosta…
Mas eis que o CBR recebeu uma crítica ao filme, feita por um dos jornalistas que esteve na primeira exibição teste do filme, o cabra pediu pra não ter o nome revelado e também não soltou spoilers sobre a trama (aaaaaaaahhhh…) mas deu algumas pistas do teor do novo filme do policial do futuro, confiram:
Desde o lançamento do trailer do filme, muita gente reclamou sobre os novos visuais do Robocop, mas devo alertá-los que quase não há efeitos digitais nesse trailer lançado há algumas semanas.
Fiquei perplexo ao ver o filme, e ver a forma grosseira que os efeitos especiais do trailer foram mostrados pros espectadores, o visual do filme é muito melhor que aquilo.
Então peço a todos que tenham calma, e deem uma chance a esse filme, ele realmente não tem a ultra-violência do filme de 1987, nem a pegada cômica e escrachada de Paul Verhoeven, e de forma alguma vai substituir o filme original, mas o melhor de tudo é perceber que o novo Robocop em nenhum momento tenta SUBSTITUIR o original, esse sim é de fato um REBOOT, que permaneceu fiel ao conceito do personagem mas lhe deu uma nova interpretação.
O novo Robocop é sofisticado, principalmente na abordagem da história de Alex Murphy… toda a falta do gore por causa do PG13 é compensada na maior substãncia e estilo do filme. Estamos diante de uma versão muito mais psicológica e emocional do que o filme origina, onde um roteiro inteligente claramente suplanta a realidade brutal da violência.
Estamos numa sociedade diferente agora, e o filme se baseia nessa realidade… Uma força policial que é responsável por suas ações e decisões, onde ações disciplinares rígidas são tomadas com base na interpretação pública de que se teve ou não força desnecessária empregada pelos agentes da lei.
Lembro de um caso recente, onde um policial baleou um cachorro (para se proteger) em frente das câmeras e foi duramente criticado nas redes sociais… Agora imaginem se o autor dessa ação fosse UM ROBÔ! Como você e todos os outros reagiriam?
O novo Robocop tem mais subtexto do que o original. discute mais a sociedade, política a ética… até mesmo a falta de violência é discutida o que faz desse filme muito mais palpável e crível.
Esse filme ainda tem atrativos pros velhos fãs do Robocop. mas também traz uma substancial contribuição pras novas gerações com novos pontos discutidos. Algumas pessoas ainda querem um filme com censura R”, mas é gratificante ver um filme que não se apóia em violência gratuita e tem algo a dizer.
O novo Robocop tem cinematografia, coreografia de ação, edição, figurino, maquiagem, atuações, direção e roteiro muito superiores a qualquer outra obra do mesmo gênero visto atualmente… Acreditem, esse reboot é realmente um filme bem feito!
O que eu acho? Uia, tá certo que ainda é cedo pra tiramos alguma conclusão, afinal isso é só UMA opinião sobre o filme, mas se o que ele diz sobre o filme ter mais discussões políticas sociais e éticas for verdade, já me dou por satisfeito, mesmo não tendo o Robocop EXPRUDINDO cabeças a torto e direito!
Espero que José Padilha consiga se firmar em Hollywood, e assim como Neil Blonkamp continue a fazer filmes de ação que tragam esse “algo a mais” nos roteiros, mesmo que não tão profundos.