Bom, vamos lá. Após o caloroso comitê de boas vindas, aqui estou eu, Gama Blog, voltando a postar com força total.
Vamos falar do filme O Código Da Vinci. Até agora vocês leram a crítica do Change, que não havia lido o livro. Eu, por minha vez, li o livro (devorei o tijolo em apenas três dias, uma semana antes de estrear o filme) e agora irei expor a minha opinião, que não será muito diferente daquela do nosso estimado companheiro.
Como vocês já estão de saco cheio de saber, Código Da Vinci é um best seller escrito por Dan Brown, onde o mesmo, por meio de minuciosas entrevistas e pesquisas históricas, escreve uma ficção totalmente fundamentada em fatos reais. Nessa ficção, o autor postula que o famoso Santo Graal é, na realidade, Maria Madalena, que por sua vez foi esposa de Jesus e que esta inclusive teve um filho com ele. Leonardo Da Vinci, um dos ex-grãos mestres do Priorado de Sião, sociedade secreta que guarda esse segredo, conta muito a respeito disso por meio de mensagens subliminares em suas pinturas. Quando o curador do Museu do Louvre Jacques Sauniére se vê próximo da morte, deixa uma série de pistas que, investigadas pelo especialista em símbolos Robert Langdon e a criptóloga Sophie Neveu, levam à compreensão desses e de outros segredos.
O filme baseado nesse livro, dirigido por Ron Howard, gerou uma expectativa bastante alta. Afinal de contas, o livro é bom mesmo. Achei que fosse ser um tédio, mas a trama é tão bem enganchada e envolvente que em questão de poucos dias li a história inteira. Na mesma hora comprei antecipadamente o ingresso para o cinema e, com uma hora de antecedência ao início da sessão já havia uma fila considerável de pessoas para adentrarem a sala.
Mal se completaram vinte minutos de filme, eu já queria ir embora. Que tédio. Como é que uma trama literária cheia de suspense e dinâmica virou algo tão chato na telona? E esse tédio não melhorava. Pelo contrário – o tédio deu lugar a uma ansiedade para que o filme acabasse logo.
Além de parado, o filme cortou muita coisa bacana do livro. Isso não tem justificativa! O filme tem pouco mais de duas horas de duração. Ultimamente, em face de filmes longos como a trilogia Senhor dos Anéis e até mesmo Harry Potter, não entendo porque houve tantos cortes. O que faltava poderia ser inserido e o filme poderia durar um pouco mais, sem problemas.
Pior que esses cortes, só mesmo as “sutis” alterações que rolaram na história. A pior delas certamente foi no final, quando Sophie descobre a “verdade sobre sua família”. Esse pedaço foi quase que totalmente alterado em relação ao livro. Não sei se algum de vocês preferiu o que fizeram no filme. Eu, por ter lido o livro e gostado muito dessa parte, odiei o que fizeram.
Outra alteração que muito me desagradou foi a precoce revelação da identidade do Mestre. Essa revelação tão antecipada em relação ao livro cortou grande parte de seu suspense. Alteraram também o final do Bispo Aringarosa. Além disso, alteraram o destino de Robert e Sophie. PORQUÊ FIZERAM ISSO??? Bom, isso tudo entre tantas outras alterações desnecessárias.
Tom Hanks e Ian McKellen estavam excelentes como sempre. Audrey Tautou convenceu bastante no papel de Sophie. Gostei da maneira como o filme expôs as explicações históricas e resoluções de problemas (iluminando as partes relevantes… tudo bem que isso torna o lance meio que “explicação para retardados”, mas eu gostei). A fotografia também estava muito legal. Após ler o livro, fiquei muito curioso a respeito do aspecto visual dos lugares visitados, e o filme esclareceu muito disso.
O que mais dizer? Assim como a maioria do pessoal que saiu do cinema, também preferi o livro. Que venha o Da Vinci Load!
Nota 4,0 para um filme inspirado em um livro nota 10.