Ê redator vagabundo. Vi Beowulf no dia da estréia e ainda não fiz uma crítica. Enfim, vamos lá que ainda dá tempo.
Bom, provavelmente todo mundo já sabe da história, não é? Não? Então senta que o titio Change vai fazer um resuminho supimpa procês: a história se passa na Dinamarca. Ali, uma vila de um rei gordo e fanfarrão chamado Hrothgar (Anthony Hopkins) é aterrorizada por um monstro chamado Grendel. Para derrotar a bisonha criatura, Beowulf (Ray Winstone), seu braço direito Wiglaf (Brendan Gleeson) e mais 14 guerreiros fodões oferecem seus serviços. A partir daí, Neil Gaiman (um dos roteiristas do filme) nos conta uma fábula sobre cobiça e vingança, onde Beowulf tem que acertar suas contas com a boazuda Angelina Jolie! Rááá! Assim até eu queria!
Primeiro, logo de cara, inegavelmente temos que falar da captura em três dimensões do rosto dos atores. Independente de ser um bom filme ou não, Beowulf já marcou uma grande revolução nos cinemas, apesar do mesmo diretor já ter feito algo parecido no Expresso Polar. No Caso do Beowulf, por integrar tantos figurões ao mesmo tempo. Aliás, Robert Zemeckis (o produtor) já realizou outra revolução importantíssima no cinema: Uma Cilada para Roger Rabbit.
Voltando ao assunto: “ah, Change… e como ficaram os efeitos em 3D? As imagens dos atores ficaram bacanas? Te surpreendeu?” Bom, vamos por partes.
Você nunca, NUNCA deve encarar essa animação de Beowulf como substituição de uma filmagem real. Não dá. Isso é uma animação, por mais realista que seja. E. como toda a sua animação, tem suas falhas… e falhas graves. O rosto dos personagens ainda não tem tanta expressão e os movimentos são muito falsos. Se você for ver o filme sob este paradigma, vai se decepcionar.
Porém, se você for ao cinema com o pensamento de que isso é sim uma animação, não sairá decepcionado. Realmente, é impressionante todo o detalhismo e qualidade dos bonecos. Apesar de ficar um contraste muito grande entre a excelente interpretação de atores de primeira, como John Malkovich, e os movimentos durões dos bonecos da animação, o uso do rosto e feições dos atores reais foi aprovado. Ficou bacaninha.
O grande problema de Beowulf não são as limitações da animação (isso você releva durante o filme). O grande problema é que… bem… a história não é lá grandes coisas. Em uma decisão que só pode ter sido tomada pelo pessoal de marketing, o Beowulf é idêntico ao Leônidas. Ele é superconfiante, metido a machão e ainda fala uma frase no mesmo tom de “This is Sparta”. Sério, isso não é legal. Isso é patético.
Fora isso, não esperem nada muito profundo por parte da história. Não há nada muito épico e você tem que ir ao cinema com a intenção de se divertir. Se você for esperando um épico de verdade, como em Senhor dos Anéis, esqueça. Vá ao cinema só pra curtir um filme divertido. Mais que isso é decepção.
É isso aí. Beowulf é importante por trazer à tona novas questões sobre o uso de imagem dos atores. É uma animação muito boa, com uma história divertida. Vale sim a ida ao cinema.
Nota 6
PS1: e que engostosada deram na Angelina, heim? Eita, tesão!
PS2: (SPOILER) tava dando uma passada pelo blog Uma Dama Não Comenta e vi que as meninas também ficaram incomodadas com um lance: a personagem da Angelina Jolie é mãe de um ogro e de um dragão. Como isso é possível? Bom, as meninas do blog acharam a resposta:
“Aliás, me incomodou um bocado o fato de um ogro ser meio-irmão de um dragão. Alô! Ogro e dragão, irmãos! Mas daí me toquei de que a mãe é a Angelina Jolie, então tá tudo explicado. Eles provavelmente foram todos adotados e ainda vem um elfo albino por aí.”