Teve um podcast aí pra trás que alguém citou, assim, como quem não diz nada, um nome.
“Alexandra Daddario”
Como uma frase de efeito em filme noir, tava lá o corpo estendido no chão: Alexandra Daddario. Ao que foi informado, a moça fazia parte do elenco de uma nova série da HBO, chamada True Detective. Dei uma googleada e me interessei – daí que numa breve viagem aos Estadosunidos, assisti os três primeiros episódios e voltei para contar a vocês, nobres chégas!
True Detective, escrita pelo praticamente estreante Nic Pizzolatto e produzida (também estrelada nessa primeira temporada) por Matthew McConaughey e Woody Harrelson (essa féra aí, bicho!), narra a história de dois ex-detetives da polícia estadual da Louisiana, Rust Cohle e Martin Hart (respectivamente) que são chamados de volta, dezessete anos depois, para relatar uma conturbada investigação que conduziram. O caso original envolvida um misterioso serial killer cuja cena do primeiro crime mais parecia o festival do Gamo-Rei das Brumas de Ávalon. Entretanto, por mais que a retomada daquele caso original seja o fio condutor da trama, o que enriquece de verdade a série (ao menos pra mim) são os problemas de relacionamento entre os protagonistas nos tempos idos. Cohle é um niilista racional de marca maior, enquanto Hart, sob uma fachada de bom marido cristão e respeitável, esconde um imenso baú de hipocrisia. Além disso, como a trama está sendo recontada (os crimes já foram solucionados, Hart e Cohle já prenderam o assassino – ou assim se crê), fica instigante saber também o que levou a ambos à situação em que vivem “hoje”: Martin Hart tornou-se um aparentemente bem sucedido (e divorciado) investigador de seguradora, enquanto Rust Cohle amarga (bem, não necessariamente amarga) o balcão de um boteco. Ao mesmo tempo, um novo crime aconteceu e todo mundo quer saber como, já que os detetives prenderam o autor original.
Nesses três primeiros episódios, dá pra sacar que Pizzolatto tem o controle bem firme dos rumos da série, dosando ao mesmo tempo a tensão policial e o drama. Tudo anda tão bem construído que, estando a temporada já quase na metade (serão apenas 8 episódios), não dá pra fazer ideia para onde as coisas vão.
Falando em temporada, True Detective é série do tipo antologia: cada temporada traz uma história com início-meio-fim, e um grupo de personagens distintos – assim como American Horror Story, por exemplo (que eu nunca vi. Perguntei ao Algures, que é entendido na defesa contra a arte das trevas e ele me deixou no vácuo então… foloda-se – Mas diz o Bugman [na forma Mari Gaspareto] que é boa na segunda temporada), formato que tem sido celebrado pela crítica americana.
Enfim, uma série que eu recomendo.
Agora, se esse review/resumo não foi o suficiente para te convencer, seguem algumas fotografias do elenco. Especialmente de Michelle Monaghan (que faz a voz da Mulher Maravilha em Justice League: War) e, claro, Alexandra Daddario, respectivamente esposa e amante do detetive Martin Hart. Talvez convença ao menos 1% dos nossos leitores…